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Black Friday de Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e varejistas “pode não ser tão ruim quanto o esperado”, diz XP

Vendas no Natal. Foto: Pixabay

Vendas no Natal sobem, mas abaixo dos níveis de 2019. Foto: Pixabay

A Black Friday, um dos principais períodos de vendas do setor varejista no ano, também é um gatilho para a valorização de suas ações. Analisando as pesquisas de previsão para o evento neste ano, a XP Investimentos manteve visão neutra para o setor. O mercado prevê a data deste ano mais morna para as empresas, com menor volume de vendas, estoques reduzidos e pressão inflacionária. A XP discorda: “Talvez não seja tão ruim quanto o esperado”.

As principais varejistas —  Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) — já estão com uma estratégia ativa de distribuir as promoções ao longo do mês de novembro. A XP vê a estratégia como uma maneira de evitar o pico do custo de aquisição de clientes durante o final de semana pós-Black Friday (27 e 28 de novembro).

A Black Friday da Americanas oferecerá a clientes promoções no aplicativo, no site e nas lojas físicas, com 50% de cashback em pagamentos feitos por meio da Ame Digital.

Para a Black Friday do Magazine Luiza, foi reforçado o estoque de produtos premium e projetada uma demanda volumosa para a categoria. A varejista construiu um volume de estoque superior ao do ano passado para a data e ambiciona torná-la a maior de sua história.

A Casas Bahia e o Ponto, do grupo Via, anunciaram uma campanha especial para renegociação de dívidas, que dará até 90% de desconto para clientes com o carnê em atraso e a possibilidade de parcelar em até 36 meses. A campanha será válida até o dia 30.

Além disso, a XP destacou como importantes as seguintes medidas:

Apesar de vendas recordes, Black Friday pode ter receita reduzida

As pesquisas mostram, no entanto, que mesmo com vendas recordes, a Black Friday deste ano pode apresentar receita reduzida.

“Esperamos que a Black Friday apresente vendas melhores que o esperado, impulsionada principalmente por preços e um mix mais premium. Ainda assim, enxergamos um risco em relação à rentabilidade, com a Magalu inclusive provisionando R$ 395 milhões em estoques, que devem ser diluídos ao longo do 4T, devido à maior competição e um consumidor mais fragilizado diante da deterioração macroeconômica”, disseram os especialistas da XP.

Segundo a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data comemorativa deve movimentar R$ 3,93 bilhões neste ano. Se descontada a inflação acumulada em 12 meses, a receita do varejo com a data deve encolher 6,5% ante 2020.

“No geral, esperamos que a demanda venha, uma vez que a intenção de compra dos consumidores permanece elevada, apesar de enxergarmos um risco do lado de rentabilidade, dado que acreditamos que a conversão de vendas só ocorrerá se os preços e promoções se mostrarem atrativos. Com isso, mantemos nossa visão cautelosa para o segmento de e-commerce, enquanto os resultados das empresas de vestuário podem ser uma surpresa positiva”, conclui a previsão de Black Friday da XP.

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