Criptomoedas: Bitcoin dispara e encosta na máxima desde agosto com aposta em corte de juros nos EUA
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O bitcoin operou em alta, próximo ao maior nível desde agosto deste ano, segundo a LSEG, nesta quinta-feira, 2. Dados fracos de criação de vagas de emprego no setor privado dos EUA, divulgados ontem, seguem renovando expectativas de mais cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda em 2025, o que tende a favorecer ativos de risco.

Por volta das 16 horas (em Brasília), o bitcoin avançava 2,90%, a US$ 120.683,96, enquanto o ethereum subia 4,02%, a US$ 4.490,87, segundo informações da plataforma Binance.
Segundo a analista técnica e trader parceira da Ripio, Ana de Mattos, após a mínima de US$ 108.631 em 25 de setembro, o bitcoin engatou um rali de alta que levou a máxima até US$ 119.456, uma valorização de 9,96% desde então. Ela avalia que, caso a força compradora persista, a criptomoeda pode buscar as regiões de liquidez em US$ 120.000 e US$ 124.474, enquanto os suportes de curto e médio prazo seguem em US$ 113.300 e US$ 108.000.
Ana ainda destacou a forte valorização da criptomoeda Zcash, que subiu 144,69% entre 30 de setembro e 2 de outubro, de US$ 63,10 para US$ 154,40. Segundo ela, o fluxo comprador ainda sugere espaço para altas até US$ 160 e US$ 180, com suportes em US$ 123 e US$ 90.
Apesar da tendência de cortes nos juros após os dados de emprego, a paralisação do governo americano, iniciada ontem, pode obrigar o Fed a manter os juros estáveis neste mês, para o economista-chefe do Santander para os EUA, Stephen Stanley. “Uma longa paralisação aumentaria, marginalmente, as chances de mais cortes nas taxas, mas também poderia atrasar um pouco”, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O bitcoin especificamente ainda tende a se beneficiar de fatores sazonais, para o LMAX Group. “A criptomoeda apresentou retornos positivos em outubro em 10 dos últimos 12 anos”, aponta, acrescentando que o último trimestre do ano é o período “mais forte” para a classe de ativos.
*Com informações da Dow Jones Newswires
Com Estadão Conteúdo