Banco do Brasil (BBAS3): ações caem, mas analistas reiteram otimismo após lucro do 1T23 e recomendam compra

Após entregar um lucro de R$ 8,55 bilhões, o Banco do Brasil (BBAS3) enfrentou uma queda de 2,8% na bolsa de valores.

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O número divulgado pelo Banco do Brasil no 1T23 ficou levemente acima dos R$ 8,4 bilhões projetados pelo consenso Bloomberg de mercado, conforme reportado pelo Suno Notícias.

Apesar da retração nas ações, ao observar o resultado do 1T23 do Banco do Brasil, a maioria dos analistas seguiu reiterando seu otimismo com a companhia.

Os especialistas da XP destacaram que o banco ‘começou o ano com o pé no acelerador’. A recomendação da casa é de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 61.

“Consideramos os resultados do Banco do Brasil positivos, uma vez que seu lucro líquido recorrente atingiu R$ 8,6 bilhões no 1T23 (+8% na base trimestral e 10% acima de nossa previsão). Isso resulta em um ROAE de 21% para o período. Por mais um trimestre consecutivo, o perfil defensivo de sua carteira continua prevalecendo e resultando em um índice de inadimplência de 2,6% (+11bps T/T), muito abaixo de seus pares”, destacam os especialistas da XP.

“Além disso, apesar de ter superado muitas de suas projeções, o BB manteve suas estimativas para 2023, o que, dada a atual velocidade, nos leva a crer que os resultados possam desacelerar nos próximos meses. No entanto, isso não deve enfraquecer a inércia de resultados positiva”, concluem.

A Genial Investimentos, que também recomenda compra e mantém preço-alvo de R$ 55,70, destacou que foi o maior lucro dentre os bancos no trimestre, e que ‘segue otimista’ na sua tese.

“O trimestre foi marcado por um forte crescimento da margem financeira (NII) de 38% na base anual, bem acima do topo do guidance. O resultado das subsidiarias e coligadas 57% maior na base anual também ajudaram o resultado do trimestre. A carteira de crédito expandida cresceu 17,9%, acima do guidance de 2023 de 8% a 12%, com destaque para a carteira de agronegócio que continua crescendo em ritmo acelerado de 26,7%, mas que deve desacelerar até o final do ano”, destacam os especialistas.

O ‘lado negativo’ do balanço do Banco do Brasil foram as provisões, segundo a casa. As provisões de crédito ampliadas de R$ 5,9 bilhões foram consideradas ‘em um patamar ainda elevado’, e o banco deve terminar o ano na faixa mais alta do guidance, entre R$ 19 bilhões e R$ 23 bilhões.

“O índice de cobertura caiu substancialmente no trimestre, mas quase metade da queda pode ser explicada por um reperfilamento de uma dívida bancária 100% provisionada de R$ 2,55 bilhões em uma debênture”, diz a Genial.

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BBA e BTG também recomendam compra para o Banco do Brasil

Em suas análises, especialistas do BTG Pactual e do Itaú BBA também reiteraram otimismo com os números do banco.

O BBA destaca que foi “mais uma série de resultados sólidos”, e fez apontamentos sobre a dinâmica de custos do banco.

“As eficiências no Opex melhoraram novamente. NPLs consolidados aumentaram apenas 10 pontos base (bps) para 2,6%, com NPLs de varejo caindo pela primeira vez em um tempo considerável. As despesas com provisões ampliadas caíram 10% no trimestre, e a cobertura foi ligeiramente para baixo. No geral, o BB apresentou o melhor conjunto de resultados do trimestre em nossa cobertura de bancos”, diz a casa.

A recomendação do BBA é de compra para os papéis BBAS3, com preço-alvo de R$ 48.

Em linha com esse parecer, o BTG Pactual destacou que o BB, de fato, entregou a ‘melhor última linha do balanço em seu universo de cobertura’.

“Com lucro líquido ajustado de R$ 8,55 bilhões no 1T (20,5% ROE), acima dos R$ 8,44 bilhões do Itaú (ITUB4), as expectativas se confirmaram. A sazonalidade sempre tem papel fundamental no 1T, principalmente para o BB, que historicamente tem primeiro trimestre muito mais fraco e um quarto trimestre muito mais forte do que seus pares. Devido aos seus objetivos internos, em que as principais ‘entregas de vendas’ são por semestre, o segundo e o quarto trimestre tendem a ser os mais fortes de o ano”, destaca o BTG.

“Com o lucro líquido anualizado do primeiro trimestre ficando um pouco acima de R$ 34 bilhões, as chances de o banco entregar algo perto do topo de sua projeção anual de lucro líquido de R$ 33 bilhões a 37 bilhões ressuscitaram”, completa.

Segundo a casa, mesmo que as ações do Banco do Brasil tenham subido mais de 30% em 2023 até a divulgação do resultado, os números atuais ainda sinalizam um preço muito baixo, levando em consideração os múltiplos atuais.

A recomendação também é de compra para os papéis do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 61.

Cotação BBAS3

Gráfico gerado em: 16/05/2023
1 Dia

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Eduardo Vargas

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