Avon Brasil faz parceria com Bradesco para oferecer maquininhas

A Avon Brasil estabeleceu nesta quarta-feira (11) uma parceria com o Banco Bradesco com o objetivo de oferecer maquininhas da marca Stelo para cerca de 1 milhão de revendedoras.

Por meio da aliança com o Bradesco, as revendedoras da Avon poderão aceitar pagamentos por meio do cartão de crédito ou débito. Com isso, a empresa de cosméticos pretende aumentar o número de produtos vendidos.

Em um período de cinco anos, o número médio de vendas de cada revendedora caiu de 30 produtos para cerca de 25 a 26 por campanha. Em um ano, a empresa realiza aproximadamente 30 campanhas.

Segundo o diretor financeiro da companhia, Fábio Marchiori, a guerra das maquininhas fez com que a parceria fosse postergada. “A ideia era ter lançado o serviço antes, mas a guerra das adquirentes freou o plano. Tínhamos que ter certeza de lançar um pacote competitivo”, afirmou Marchiori.

Como funcionará a parceria

As revendedoras da Avon poderão comprar a maquininha da Stelo por R$ 106,80, dividido em até 12 parcelas. Ao utilizar o aparelho, serão cobradas taxas de 1,78% para as operações de débito e 1,99% ao crédito.

As vendedoras poderão ainda abrir uma conta no Next, banco virtual do Bradesco, ou em uma agência física da instituição financeira. Além disso, terão acesso a microcrédito e poderão optar por pagamentos semanais, quinzenais ou mensais.

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Além do crescimento no número de vendas, as duas empresas esperam aumentar a bancarização. Atualmente, a estimativa é que somente metade das revendedoras da empresa de cosméticos possuem conta em bancos.

Prejuízo da Avon no 2º trimestre

No segundo trimestre deste ano, a empresa de cosméticos registrou prejuízo líquido de US$ 19,5 milhões. Em comparação com o mesmo período do anterior, o resultado indica uma melhora de 46%.

Saiba mais: Avon registra prejuízo líquido de U$ 19,5 milhões, melhora de 46%

A receita total da empresa teve retração de 13% quando comparado com o ano anterior, somando o equivalente a US$ 1,17 bilhão. A companhia de cosméticos reportou que as vendas na America Latina apresentaram uma baixa de 21%. Na Europa, no Oriente Médio e na África, as receitas caíram 15%.

A venda da Avon para a Natura poderia contribuir para melhores resultados da empresa, já que a companhia brasileira iria utizar créditos para pagar as dívidas da empresa norte-americana. No entanto, a negociação ainda está sendo avaliada pelo Cade.

Giovanna Oliveira

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