Atividade industrial da zona do euro continua retraída em outubro

A guerra comercial e a indefinição sobre o Brexit continuam afetando a atividade fabril da zona do euro. A pesquisa da IHS/Markit, divulgada nesta segunda-feira (4), mostra que a atividade industrial contraiu-se em outubro.

O Índice final de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura da IHS Markit da zona do euro em outubro foi elevado para 45,9, o menor patamar desde 2012. Em setembro foi de 45,7.

Além disso, este foi o nono mês que o PMI permaneceu abaixo da marca de 50,00, patamar que separa a contração e o crescimento da atividade do setor.

“A manufatura da zona do euro permaneceu paralisada em seu declínio mais acentuado nos últimos sete anos em outubro, o que significa que o setor de produção de mercadorias está prestes a agir como um forte obstáculo ao PIB novamente no quarto trimestre”, afirmou o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson.

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Segundo o instituto, “as preocupações geopolíticas, que vão do Brexit à política comercial dos EUA, continuam a criar incertezas, diminuindo ainda mais a demanda tanto no mercado interno quanto no mercado de exportação”.

Além disso, outros indicadores da pesquisa demonstram que esse panorama deverá permanecer desta forma por mais algum tempo, sem nenhuma reviravolta, embora as fábricas terem reduzido seus preços pelo quarto mês em outubro.

Indústria da zona do euro continua sem crescer

Na Alemanha, maior economia da União Europeia (UE), o PMI da IHS Markit para manufatura subiu para 42,1 no mês passado, ante 41,7 em setembro. Dessa forma, o indicador ainda permanece consideravelmente abaixo da marca de 50,0.

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A pesquisa mostrou-se um pouco melhor do que o estudo inicial publicado no mês passado, mas ainda é o segundo pior resultado desde junho de 2009. Os economistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal” esperavam aproximadamente 41,9.

De acordo com o economista Phil Smith, da IHS Markit, a contínua recessão na indústria alemã significa uma ameaça crescente à economia doméstica, à medida que as fábricas cortam mais empregos.

“Resta ver se a desaceleração da fabricação alemã finalmente chegou ao um ponto mais profundo”, afirmou Smith, salientando que o decorrer da economia europeia depende de o governo norte-americano decidir, em meados deste mês, impor novas tarifas sobre as importações de automóveis oriundos da UE.

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Em outros pontos da zona do euro, o PMI mostrou-se instável. Na França, o indicador industrial passou de 50,1 para 50,7. Na Espanha passou de 47,7 para 46,8, enquanto na Itália caiu de 47,8 para 47,7.

Jader Lazarini

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