Com fraude, Americanas (AMER3) empaca em acordo com credores

Com influência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Americanas (AMER3), as negociações da varejista com credores empacaram.

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Segundo informações do Estado de S. Paulo, os bancos agora tem mais dúvidas sobre os impactos financeiros de uma fraude nas contas da Americanas.

Além disso, a ausência de balanços – já que o mercado não possui dados concretos desde o terceiro trimestre de 2022 – também dificultam as negociações.

Esse imbróglio pode exigir mais da Americanas, que pode ter de usar cerca de R$ 500 milhões do debtor in possession (DIP).

Vale destacar que os bancos e a varejista firmaram um acordo de cessar-fogo, suspendendo ações judiciais contra a empresa e os envolvidos na eventual fraude em abril.

As conversas tiveram andamento, especialmente com o acordo para um aporte bilionário dos acionistas de referência, e com a apresentação e o aceita do plano de recuperação judicial da empresa.

A ideia é chegar à assembleia geral de credores, mas os diálogos não avançaram suficientemente para tal e não há data para que isso ocorra.

Ex-CEO apresenta atestado para faltar à CPI

Miguel Gutierrez, o ex-CEO da varejista, não compareceu ao depoimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a crise da companhia.

A ausência do empresário na reunião marcada para esta terça-feira (1º) foi justificada com a apresentação de um atestado médico.

Um pedido de dispensa do executivo da CPI da Americanas já havia sido negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada. A corte só havia autorizado que permanecesse em silêncio caso não quisesse responder às perguntas.

Nesta terça-feira (1º), entretanto, o advogado de Gutierrez protocolou um atestado médico informando que ele não está em condições de comparecer ao compromisso. Os motivos específicos não foram divulgados.

Uma nova convocação depende do presidente da comissão, o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE).

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Americanas: Troca da PWC pela KPMG contou com aval da auditoria

Em nota oficial, a Americanas disse que “a substituição da auditoria externa KPMG pela PWC em 2019 contou com a anuência da própria empresa de auditoria, que posteriormente manteve relação contratual com a Companhia”.

A empresa responde à afirmação da sócia de auditoria da KPMG, Carla Bellangero, que segundo a Reuters afirmou que a varejista havia rescindido o contrato após a auditoria comunicar falhas na governança da companhia, em uma carta de controles internos.

A sócia da KPMG revelou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na terça-feira (1º) que a administração da Americanas (AMER3) já havia recebido múltiplos avisos alertando sobre os déficits contábeis.

Assim sendo, a Americanas já estaria ciente dos problemas financeiros ao fazer o pedido de RJ em janeiro deste ano e revelar o escândalo contábil estimado em mais de R$ 25 bilhões.

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Eduardo Vargas

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