American Airlines cortará 19.000 empregos até outubro

A American Airlines (NASDAQ: AAL) anunciou nesta terça-feira (25) que demitirá 19.000 funcionários até 1º de outubro. Trata-se de uma medida da companhia aérea para reduzir o seu tamanho, visando lidar com o golpe causado pela pandemia do coronavírus (covid-19) na demanda por viagens.

Os cortes anunciados pela American Airlines são menores do que as 25.000 possíveis demissões que ela indicou no mês passado. Mas, somados às aposentadorias e licenças temporárias, as reduções farão com que a transportadora fique cerca de 30% menor do que era em março e são o sinal mais claro da devastação no setor de aviação, à medida que a temporada de viagens de verão (do hemisfério norte) e o auxílio emergencial do governo chegam ao fim.

As reduções incluem 17.500 pilotos, comissários de bordo, mecânicos e outros, bem como 1.500 cortes de cargos gerenciais e administrativos. Eles cobrem a própria American Airlines, assim como as duas companhias aéreas regionais de sua propriedade.

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“Presumia-se que em 30 de setembro o vírus estaria sob controle e a demanda por viagens aéreas teria retornado. Obviamente não é o caso ”, escreveram o presidente-executivo Doug Parker e o presidente Robert Isom em uma mensagem aos funcionários na terça-feira. A American planeja voar menos da metade de sua programação normal no quarto trimestre de 2020.

As companhias aéreas receberam no total US$ 25 bilhões (cerca de R$ 139,45 bilhões) em ajuda federal para pagar os salários de funcionários até o final de setembro, para evitar demissões em massa nos EUA. Mas a demanda por viagens estagnou em cerca de 30% dos níveis do ano passado. Os executivos acreditam que levará anos, e provavelmente uma vacina contra o Covid-19, para se recuperar totalmente.

Sindicatos e funcionários de companhias aéreas nos EUA têm defendido outra rodada de auxílio emergencial para que os empregos possam ser mantidos até março de 2021. Essa ideia ganhou apoio bipartidário (de ambos democratas e republicanos), mas ainda não foi concretizada, pois o Congresso norte-americano não conseguiu chegar a um acordo sobre um pacote mais amplo de estímulos.

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O anúncio da American Airlines veio à tona um dia depois que a Delta Airlines disse que dispensaria 1.941 pilotos, a menos que pudesse chegar a um acordo com seu sindicato sobre outras reduções de custo para mitigar os cortes.

Daniel Guimarães

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