Ambev (ABEV3) deve desapontar investidores com resultado do primeiro trimestre, prevê BBA
Os resultados do primeiro trimestre deste ano (1T24) da Ambev (ABEV3) podem desapontar investidores. É o que prevê o Itaú BBA em relatório divulgado ao mercado nesta sexta-feira (5).
Para o banco, o balanço do 1T24 da Ambev deve fechar com um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 6,5 bilhões e uma margem de 33%, representando uma queda de 280 pontos base em relação ao trimestre anterior.
“Embora seja improvável que os resultados trimestrais sejam fracos, um trimestre sem brilho pode desencadear um sentimento de que poderia ter sido mais forte”, diz o relatório.
Entre os principais pontos de preocupação no 1T24 da Ambev está o segmento de cerveja no Brasil, que embora apresente um aumento previsto de 2,5% nos volumes e 3,6% nas receitas por hectolitro (hl), para os estrategistas não atingiu as expectativas do mercado. Além disso, o BBA acredita que as expectativas para o mercado internacional também são moderadas, com desafios macroeconômicos persistentes e baixas expectativas para volumes no setor.
Apesar das incertezas, há alguns aspectos positivos a serem considerados. A divisão Beer Brazil mostra um trimestre valorizado para volumes, com um aumento projetado de 2,5%. No entanto, analistas acreditam que as expectativas para a companhia eram ainda maiores, o que pode explicar o desempenho negativo da ação da Ambev nesta sexta (5).
Observando a avaliação da empresa, o BBA destaca que o papel da Ambev não é considerada uma “pechincha”, negociando a um múltiplo de lucros de cerca de 14x em relação a 2024. No entanto, esse valor já leva em consideração certas adversidades, como a redução do imposto de importação e um ambiente macroeconômico mais desafiador na Argentina.
O BBA tem recomendação neutra para as ações da Ambev, com preço-alvo de R$ 15,00.
Ambev amarga baixa no Ibovespa após previsão
A fabricante de bebidas fechou o índice Ibovespa, nesta sexta-feira, com perdas depois de analistas anteciparem um desempenho mais fraco no primeiro trimestre em razão do menor crescimento de vendas de cerveja no Brasil em volume. A Ambev amargou uma baixa de 1,69%, cotada a R$ 12,25.
Além da Ambev, o Ibovespa encerrou com uma queda de 0,50%, atingindo os 126.795 pontos. O dia foi caracterizado pela divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos e pelo segundo dia consecutivo de especulações sobre uma possível mudança na liderança da Petrobras PETR4). Enquanto isso, o dólar registrava uma alta de 0,24%, alcançando o valor de R$ 5,07 no encerramento das negociações.
