Grana na conta

Alberto Fernández pede desculpas a Bolsonaro e tenta acalmar mercados

O candidato à presidência, na Argentina, Alberto Fernández, fez um discurso ponderado, na última quinta-feira (22), em uma investida para diminuir a euforia do mercado financeiro, que se encontra agitado devido as declarações e tensões internacionais das últimas semanas.

Fernández pediu desculpas para o presidente Jair Bolsonaro, que é contra a eleição da chapa de Cristina Kirchner na Argentina. “Foi um erro ser agressivo com Bolsonaro, me deixei levar, e por isso parei… o Brasil é muito mais importante para a Argentina que qualquer irritação minha com um presidente”, afirmou o candidato.

Na última semana, Fernández trocou farpas com o presidente brasileiro. Bolsonaro havia criticado a chapa que tem Cristina Kirchner com vice, após as eleições primárias da Argentina.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-3.png

“Se essa ‘esquerdalha‘ voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima. E não queremos isso: irmão argentinos fugindo pra cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições realizadas ontem [11 de agosto] se confirmem agora no mês de outubro”, disse o presidente da República no dia 12 de agosto.

Após isso, Alberto Fernández rebateu as criticas de Bolsonaro e ofendeu o presidente brasileiro. “Em termos políticos, eu não tenho nada a ver com Jair Bolsonaro. Comemoro enormemente que ele fale mal de mim. É racista misógino e violento”, disse o argentino.

Veja também: Mauricio Macri diz que sua reeleição não está perdida 

Mercado

O candidato da chapa de Kirchner se pronunciou também em uma tentativa de diminuir a tensão nos investidores. “Não tem possibilidade de a Argentina cair em default se eu for presidente”, afirmou o candidato.

Sobre a inflação,  Alberto Fernández disse que não tomará medidas descabíveis.”Sou contra controles cambiais porque é como pôr uma pedra numa porta giratória. Nada sai, mas nada entra”, analisou.

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião