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Petrobras (PETR4) pode enfrentar nova ação nos EUA após intervenção de Bolsonaro

Escritório de ação coletiva nos EUA prepara nova investida contra Petrobras

Escritório de ação coletiva nos EUA prepara nova investida contra Petrobras

A alteração no comando da Petrobras (PETR4) e uma possível mudança drástica na gestão, principalmente em relação a revisão na política de preço, podem custar caro à empresa. Um dos idealizadores da class action (ação coletiva, em inglês), o escritório do advogado André Almeida já prepara uma nova ação contra a estatal após a desvalorização da petroleira no mercado.

Na ação coletiva passada, iniciada em 2014 e encerrada por meio de acordo quatro anos depois, a Petrobras se comprometeu a pagar US$ 2,9 bilhões aos acionistas minoritários que moveram a ação — que buscava ressarcir investidores por conta da forte desvalorização nos papéis causadas pelas descobertas da operação Lava Jato.

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Agora, a Petrobras está sendo utilizada para financiar políticas públicas e, dessa forma, deve prejudicar, mais uma vez, os acionistas minoritários com a perda de valor das ações, de acordo com o entendimento do advogado André Almeida. Só nesta segunda-feira (22), os papéis da petroleira caíram 21,51%.

Por isso, o escritório de André Almeida, que buscou o ressarcimento em parceria com o Wolf Popper LLP, já prepara ações coletivas nos EUA e no Brasil contra a estatal.

“Hoje, uma empresa privada, que tem acionistas privados, está sendo utilizada para a realização de políticas públicas, como o controle de preços. É uma intervenção estatal em uma companhia privada, que está no mercado, e precisa respeitar as práticas de governança adotadas”, disse o advogado.

Segundo Almeida, a ação, que pode chegar na casa dos bilhões, depende da aprovação do nome do general Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras, seja aprovado pelo conselho.

“O embate já começou quando houve o anúncio [na sexta-feira, 19]. O segundo capítulo é amanhã, onde o conselho de administração determina se aceita ou não”, afirmou. O conselho da Petrobras irá se reunir na terça-feira (23) para referendar a decisão.

“Se [a Petrobras] servir aos interesses do estado brasileiro, moldando uma política de estado, uma política pública, em detrimento ao acionista, haverá uma segunda etapa de algo que pode acabar, infelizmente, mal para a empresa”, disse Almeida sobre a Petrobras.

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