Ibovespa inicia dezembro em leve queda após renovar máximas históricas
|
|
Após encerrar novembro replicando o forte desempenho de outubro — ambos finalizados em máximas históricas — o Ibovespa inicia dezembro acumulando alta de cerca de 32% no ano, caminhando para seu melhor resultado anual desde 2016, quando avançou 38,94%.
Nesta segunda-feira, 1º de dezembro, o índice oscilou entre 158.029,48 e 159.223,92 pontos, após abrir a 159.073,46 pontos. Fechou o dia em 158.611,01 pontos (-0,29%), com volume negociado de R$ 22 bilhões. No acumulado de 2024, sobe 31,86%.
O pregão foi marcado pela pressão negativa do setor financeiro, o mais pesado do índice, que superou o bom desempenho das blue chips de commodities:
- Vale ON: +0,77%
- Petrobras ON: +0,63% / PN: +0,19%
Benefício de altas no minério na China e no petróleo, que avançou mais de 1% em Londres e Nova York.
Maiores altas do dia:
- Eneva: +3,42%
- WEG: +2,10%
- BB Seguridade: +1,47%
Maiores quedas:
- MBRF: -5,02%
- C&A: -4,28%
- CVC: -3,72%
Entre os bancos, perdas entre -0,61% (BTG Unit) e -1,53% (Bradesco PN), este fechando na mínima do dia.
Cenário internacional
Segundo Matthew Ryan, head de estratégia da Ebury, os mercados seguem colocando o calendário econômico dos EUA em segundo plano, dado que muitos indicadores ainda estão defasados devido ao shutdown federal de 43 dias entre outubro e novembro.
O PCE de setembro, a ser divulgado na quinta-feira, é apontado como principal catalisador da semana.
Cenário doméstico
No Brasil, o destaque será a divulgação do PIB, esperado como sólido, porém com sinais de desaceleração em alguns setores, conforme já indicado pelo IBC-Br, especialmente no agronegócio, segundo a One Investimentos.
Dados de PMIs globais divulgados nesta segunda mostraram leituras mais fracas, refletindo os efeitos acumulados de políticas monetárias restritivas que só recentemente começaram a ser afrouxadas, sobretudo em economias avançadas, comenta Nicolas Merola (EQI Research).
Merola acrescenta que o dia foi tranquilo, com o Ibovespa refletindo movimentos opostos entre commodities e setor financeiro, em um ajuste saudável após a rotação observada na semana anterior.
Com Estadão Conteúdo