Ibovespa sobe com disparada do petróleo e força de WEG (WEGE3)

Ibovespa encerrou esta quinta-feira (23) em alta de 0,6%, aos 145.735,57 pontos, em um pregão marcado pela disparada do petróleo no mercado internacional e pelo desempenho positivo de ações industriais e de energia.

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O rali da commodity impulsionou papéis como Petrobras (PETR4) e PetroRecôncavo (RECV3), enquanto WEG (WEGE3)também se destacou após reação positiva a sua teleconferência de resultados. Na outra ponta, Magazine Luiza (MGLU3) liderou as perdas, em meio à notícia de parceria comercial entre Casas Bahia (BHIA3) e Mercado Livre (MELI34).

Petróleo dispara e sustenta o Ibovespa

A escalada do petróleo foi o grande motor do pregão. O barril do Brent subiu cerca de 5%, atingindo a faixa de US$ 65 a US$ 66, em meio às sanções impostas pelos Estados Unidos a petroleiras russas, como Lukoil e Rosneft.

“Boa parte da alta do Ibovespa hoje acontece devido ao rali do petróleo, após as sanções dos EUA a Lukoil e Rosneft, que reacendem a tese de maiores lucros e dividendos nas petroleiras”, explica Gabriel Filassi, sócio da AVG Capital. “Essas medidas apertam a oferta no curto prazo e criam um choque de oferta, não de demanda”, completa.

O movimento elevou o otimismo entre investidores do setor de óleo e gás, que voltaram a precificar margens mais robustas. Segundo Filassi, a pressão sobre o preço do petróleo também pode gerar reflexos macroeconômicos.

“As sanções podem provocar um repique da inflação global, já que o petróleo mais caro encarece combustíveis e transporte”, afirma. “Se o choque for duradouro e contaminar a inflação subjacente, tanto o Fed quanto o BCE podem adiar cortes de juros. Por enquanto, é um risco de curto prazo.”

WEG (WEGE3) em destaque e varejistas em direções opostas

Além do petróleo, o avanço de WEG (WEGE3) chamou atenção, após uma teleconferência bem recebida por investidores e analistas. A empresa foi uma das maiores altas do índice, ao lado de Braskem (BRKM5), que também se beneficiou da valorização do petróleo.

Entre os destaques negativos, Magazine Luiza caiu cerca de 4% após o anúncio de que a Casas Bahia passará a vender produtos dentro da plataforma do Mercado Livre — movimento que o mercado interpretou como aumento da concorrência direta. “Na ponta contrária, a Casas Bahia reagiu bem ao anúncio, com papéis em forte alta”, observa Filassi.

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Expectativas fiscais e cenário internacional

Enquanto o cenário externo foi dominado pelas tensões geopolíticas e pela alta das commodities, o mercado doméstico acompanhou as discussões sobre o novo pacote fiscal para destravar o Orçamento de 2026. O dólar à vista recuou 0,20%, a R$ 5,3861, favorecido pela combinação de commodities em alta e carrego doméstico elevado.

Nos Estados Unidos, o otimismo com balanços corporativos ajudou a sustentar os mercados. Ainda assim, o temor de repique inflacionário se manteve no radar, com as Treasuries em leve alta.

“As Treasuries estão subindo hoje, refletindo o receio de um repique inflacionário após as sanções impostas pelos Estados Unidos às petroleiras russas”, explica Fernando Bresciani, analista do Andbank. “Esse movimento aumenta o temor de alta de preços e reduz as apostas em cortes de juros no país.”

Entre as altas do dia, Minerva (BEEF3) ganhou força com o aumento das exportações da Argentina para os EUA, enquanto Pão de Açúcar (PCAR3) ficou entre as quedas. Amanhã, investidores voltam atenções ao IPCA-15 no Brasil e ao índice de inflação norte-americano de setembro, caso a divulgação não seja adiada pelo shutdown em curso.

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa fechou na última quarta-feira (22) em alta de 0,55%, aos 144.872,79 pontos

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Maíra Telles

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