IBBP11 mantém distribuição após resultado milionário em agosto

O fundo imobiliário IBBP11 – Brazilian Business Park registrou em agosto “resultado de R$ 6,97 milhões e a manutenção dos rendimentos no mesmo patamar do mês anterior”, afirma a gestora no relatório gerencial. A decisão de preservar o nível de proventos, segundo o documento, está alinhada ao cronograma de obras e ao planejamento financeiro do fundo.

Em linha com o que foi divulgado no relatório, o fundo distribuiu R$ 0,08 por cota para a classe Sênior e R$ 0,071 para a classe Ordinária. Esse valor corresponde a um dividend yield anualizado de 10,5%. “A decisão de manter o nível de distribuição está em linha com o cronograma das obras em andamento e com o planejamento financeiro do fundo”, reforça a gestora.

No mês, a inVista, gestora do FII, informou a conclusão da venda dos ativos Topázio 17 e 19, somando 5,5 mil m² de ABL, pelo montante de R$ 17 milhões. De acordo com o relatório, a alienação ocorreu “equivalente a um cap rate de 7,6%”, com “retorno acumulado de 76% e TIR líquida anualizada de 52,1% desde a aquisição dos imóveis, no início do fundo”. 

A gestora ressalta que “os recursos serão destinados a reforçar a liquidez e financiar o avanço das obras em execução”.

A carteira permanece, segundo o documento, com “100% de ocupação física e 100% de adimplência”. A gestora acrescenta que segue “negociando reajustes contratuais com inquilinos para refletir a valorização dos ativos e sustentar o crescimento dos resultados”.

Fundo imobiliário IBBP11: obras e contratos 

A gestão detalhou a evolução física dos projetos. No Edifício Messier, que será ocupado pela Petfive, as obras “já estão praticamente concluídas”, com “emissão do Habite-se prevista para as próximas semanas”, e o inquilino “pagou o primeiro aluguel em agosto, conforme o contrato”. 

O Edifício Antares, com 23,8 mil m², “segue dentro do cronograma, com conclusão prevista para novembro de 2025”; o imóvel está pré-locado à Solventum, “reforçando a qualidade de crédito dos inquilinos do fundo”, registra o relatório.

O documento também contextualiza o ambiente setorial. Em agosto, “o IFIX avançou 1,2%, acumulando alta de 11,6% no ano”, enquanto o segmento logístico/industrial “cresceu 2,6% no mês e 16,5% em 2025, sustentado por um dividend yield anualizado de 10,5%”. 

Na Grande São Paulo, o 2º trimestre “consolidou o melhor desempenho desde 2014, com absorção líquida de 663 mil m²”; mesmo com a entrega de 713 mil m², “a vacância caiu para 9,2%”, informa a gestora no relatório.

Perfil do fundo gerido pela inVista

Quanto ao perfil, o inVista Brazilian Business Park FII declara como objetivo “gerar renda e ganho de capital por meio da construção de galpões industriais e logísticos para posterior locação ou venda”. O portfólio inclui os condomínios Barão de Mauá, Centro Empresarial Atibaia, Complexo Gaia e Jundiaí I/II, em raio de até 500 km dos principais polos econômicos. 

Segundo a gestora, o fundo imobiliário possui “69 mil m² construídos e outros 38 mil m² em obras, com entrega prevista para o fim de 2025”, além de “163 mil m² de área de platôs para futuros projetos”. A carteira mantém “100% de ocupação física”, prazo médio de contratos de nove anos e “receita pulverizada em 23 inquilinos multinacionais”.

Gustavo Bianch

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