Fundo imobiliário RBRX11 aumenta dividendos e projeta fusão com o RBRF11

O fundo imobiliário RBRX11 anunciou a elevação do patamar de dividendos, passando de R$ 0,08 para R$ 0,09 por cota, refletindo a maturação das teses de investimentos escolhidas pela gestão.

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No segundo trimestre de 2025, a média mensal distribuída foi de R$ 0,092 por cota, o que equivale a um dividend yield anualizado de 14,6% sobre o valor de fechamento da cota em 30 de junho. O próximo anúncio será feito nesta quinta-feira (14), décimo dia útil do mês, usado geralmente como Data Com pelo FII.

No período, o fundo também destinou R$ 22 milhões para novas alocações no book de CRIs, com taxa média de IPCA + 10,65%, em duas operações de crédito estruturado originadas internamente. A estratégia, segundo o time de gestão da RBR Asset, visa aproveitar o cenário macroeconômico para manter um portfólio equilibrado entre risco e retorno.

De acordo com dados da gestora, nos últimos 36 meses o RBRX11 acumulou um retorno de 54,3% (patrimônio líquido + dividendos), superando com folga o CDI (+3% a.a.), a média de seus pares (+5% a.a.) e o IFIX (+7% a.a.) no período.

Fundo imobiliário RBRX11 prepara fusão com o RBRF11

O fundo reforçou em relatório a convocação de Assembleia Geral Extraordinária para deliberar sobre a 5ª emissão de cotas, que tem como objetivo integrar totalmente o portfólio do RBRF11. O objetivo é posicionar o RBRX11 como o terceiro maior FII multiestratégia da indústria — segmento também chamado de “hedge fund”. O prazo para votação vai até 20 de agosto.

O RBRX11 tem um PL de R$ 288 milhões, ou R$ 9,77 por cota, com a maior parte da alocação, 59%, em CRIs. O fundo também detém a propriedade de cotas de FIIs e ações de empresas do mercado imobiliário, e terminou o mês de junho perto dos 12 mil cotistas. Já o RBRF11 conta com um patrimônio líquido de R$ 1,179 bilhão, o equivalente a R$ 8,62 por cota. Desse valor, a alocação principal é em cotas de outros FIIs, com 75%. O fundo fechou o mês de junho com cerca de 118 mil investidores.

O BTG destaca que a transação tem como principal racional o fortalecimento do RBRX11 como um FII multiestratégia, mais líquido e diversificado. Após a operação, o fundo terá aproximadamente R$ 1,5 bilhão de patrimônio líquido e cerca de 130 mil cotistas. 

“O movimento é positivo. Para os investidores do RBRF11, os principais benefícios estão na perspectiva de maior retorno potencial e no acesso a estratégias anteriormente indisponíveis”, explicam os analistas do BTG. Estabelecido como um FOF (fundo de fundos), o fundo imobiliário RBRF11 tem como premissa principal negociar cotas de outros FIIs, o que limita a atuação da gestão na hora de diversificar investimentos.

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Fernando Cesarotti

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