SNEL11 acerta novos contratos para locação de usinas; saiba mais
O SNEL11, fundo imobiliário da Suno Asset com foco em geração de energia renovável, concluiu um processo de realocação contratual das unidades de geração da UFV Petrolina, em Pernambuco, um dos imóveis construídos com verba da captação inicial do FII.
Um dos acordos é um distrato parcial com a empresa Lemon Energia, que até então era locatária das quatro unidades que formam a usina. Elá continuará ocupando as unidades 1 a 3, enquanto as unidades 2 e 4 agora serão ocupadas pelo Consórcio Geração Solar 1, tendo como interveniente e fiadora a Setta Energia Investimentos Ltda.
Os novos contratos foram celebrados sob a modalidade “Take or Pay”, com vigência de 10 anos e previsão de carência inicial de 4 meses, concedida com o objetivo de viabilizar o início das operações por parte da locatária, segundo a Suno Asset.
“Essa estratégia visa potencializar os resultados operacionais do projeto, assegurando maior previsibilidade de receitas, estabilidade dos fluxos financeiros e contribuindo para a mitigação de riscos operacionais, em linha com a política de gestão ativa do portfólio adotada pelo Fundo”, diz a gestora, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (18).
O fundo também rescindiu contrato com o Consórcio Energia Livre para ocupação da UFV Itabira, a pedido da locatária. Foram concedidos descontos pontuais nas faturas referentes aos meses de março e abril de 2025, com previsão expressa de reembolso integral no âmbito do distrato.
A formalização da rescisão contratual ocorreu em 13 de junho de 2025, mediante a assunção, por parte da locatária, da obrigação de pagamento parcial da multa contratual e valores em aberto, cujo valores totalizam o montante de R$ 2.632.889,74, a ser pago de forma parcelada ao longo de 30 meses, sendo que as primeiras seis parcelas concentram aproximadamente 40% do valor total.
O SNEL11 já celebrou um novo contrato definitivo de locação da UFV Itabira com o Consórcio Omega GD 6, gerido pela Serena Geração S.A., com vigência inicial de cinco anos, renovável por igual período, conforme condições previamente pactuadas.
O contrato segue a modalidade de energia compensada, mas foi estruturado de forma a concentrar os riscos de inadimplência no inquilino, conferindo ao SNEL11 maior previsibilidade e estabilidade nas receitas imobiliárias provenientes do empreendimento.
“Essa estrutura reforça o compromisso com a geração de caixa recorrente e a mitigação de riscos operacionais no portfólio. As operações descritas estão integralmente alinhadas à estratégia do fundo, que visa otimizar sua estrutura contratual e financeira, mitigar riscos operacionais e de inadimplemento, fortalecer a previsibilidade dos fluxos financeiros, além de promover a sustentabilidade operacional e a proteção dos interesses dos cotistas”, completou a Suno Asset.
SNEL11: saiba mais sobre o fundo
Criado pela Suno Asset para investir em empreendimentos de geração distribuída de energia, o SNEL11 já realizou três emissões de cotas e tem patrimônio líquido estimado em R$ 311 milhões, ou R$ 8,12 por cota.
Com a verba das duas primeiras ofertas, o fundo optou por construir empreendimentos, caso das duas usinas que foram objeto dos acordos citados acima. Já a verba da terceira emissão foi usada na aquisição de um lote de usinas prontas. Hoje, o portfólio imobiliário do fundo está espalhado por seis Estados, incluindo Rio e São Paulo.
No próximo dia 25, haverá mais um pagamento de dividendos do SNEL11, no valor de R$ 0,10 por cota, de acordo com a posição dos investidores na última terça-feira (15). Na véspera, o fundo bateu seu recorde histórico de liquidez diária, superando o volume de R$ 2,4 milhões.
Para a Suno Asset, o crescente interesse do mercado consolida uma trajetória ascendente que chama a atenção de investidores e analistas: com um portfólio pulverizado, fluxo de caixa consistente e tese pouco correlacionada aos demais segmentos do mercado de FIIs, o SNEL11 tem se destacado como um dos produtos mais inovadores da B3.
