Recorde de liquidez do SNEL11 reforça interesse do mercado na tese de investimentos
O SNEL11, fundo imobiliário de energias limpas da Suno Asset, bateu seu recorde de liquidez em junho. O volume financeiro chegou a R$ 23,495 milhões, uma média diária de R$ 1,174 milhão, segundo levantamento da Economatica, empresa de inteligência de dados da TC, a partir dos dados divulgados pela B3 todos os dias.

O volume subiu 6,52% em relação à liquidez registrada em maio, de R$ 22,059 milhões, que era o recorde anterior, e consolida uma tendência de alta que vem desde o início do ano. Junho ainda registrou o segundo mês consecutivo de média diária superior a R$ 1 milhão, como mostra a tabela abaixo:
Mês | Volume financeiro* | Média diária** |
janeiro | 7,618 | 346,3 |
fevereiro | 8,589 | 429,5 |
março | 10,317 | 543,0 |
abril | 11,342 | 567,1 |
maio | 22,059 | 1.050,4 |
junho | 23,495 | 1.174,8 |
*Milhões de reais; **milhares de reais – Fonte: Economatica
Esse crescimento, para a Suno Asset, é um sinal da confiança do mercado na tese de investimentos do SNEL11, baseada na locação de usinas fotovoltaicas como parte do mercado de geração distribuída, num momento em que a transição energética deixa de ser assunto apenas para os setores de ESG das empresas.
Vale lembrar que o preço do petróleo sofreu fortes oscilações nas últimas semanas, afetando o valor de mercado das empresas do setor à medida que as tensões no Oriente Médio entre Israel e Irã cresciam, com a possível entrada dos EUA no confronto, e depois cederam o cessar-fogo negociado pelo governo de Donald Trump.
Enquanto isso, a cotação do SNEL11 se manteve relativamente estável, na faixa de R$ 8,50. “Energia limpa não é apenas ESG, mas também estratégia econômica e financeira contra choques de preço. Em momentos como o atual, o investidor percebe que energia solar não é tese de nicho, mas um hedge estrutural contra possíveis momentos de escassez”, afirma Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.
SNEL11: aumento de receitas imobiliárias e estabilidade em dividendos
No relatório gerencial de maio, divulgado na semana passada, o SNEL11 registrou sua maior receita imobiliária, com R$ 1,554 milhão. Esse valor ainda apresenta um grande potencial de crescimento, já que parte dos projetos recém-adquiridos ainda se encontra em fase de closing, sem gerar caixa para o fundo neste momento.
Cotação SNEL11
Além disso, os empreendimentos construídos com os recursos captados na segunda oferta de emissão de cotas estão em processo de ramp-up ou aguardando conexão à rede elétrica local. “É esperado que, à medida que essas etapas forem concluídas, a geração de caixa recorrente apresente crescimento significativo”, diz a Suno Asset.
Enquanto isso, o fundo mantém a distribuição de dividendos estável, no patamar de R$ 0,10 por cota, o que equivale a um dividend yield anualizado próximo de 15%, comprovando a força da tese de investimentos do SNEL11 e mostrando a capacidade de geração de valor da energia solar num momento de transição energética global.