Gerdau (GGBR4) sobe mais de 5% após tarifas de Trump; BTG recomenda compra

A Gerdau (GGBR4) foi o grande destaque do pregão da B3 nesta segunda-feira (02). Os papéis da companhia tiveram alta superiores da 5%, em um reflexo do anúncio do governo dos Estados Unidos de que imporia tarifas sobre o aço importado.

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A Metalúrgica Gerdau (GOAU4) teve a maior alta do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo: 5,14%, a Gerdau (GGBR4) teve o segundo melhor desempenho, com 5,05%. Os números são resultado direto das movimentações nos Estados Unidos, capitaneada pelo presidente Donald Trump e sua política agressiva de taxações.

Na sexta-feira (30), o líder anunciou planos de dobrar as tarifas dos EUA sobre importações de aço e alumínio, para 50%, a partir de quarta-feira (4). “Não vamos permitir que o aço seja vendido no exterior sem a devida proteção. As taxas protegem o aço dos EUA contra dumping. Ninguém vai evitá-las”, disse o presidente em discurso na fábrica da US Steel em Pittsburgh.

Segundo ele, o próprio CEO da US Steel pediu ajuda do governo para salvar a empresa. “A China estava inundando o mercado dos EUA, mas vamos evitar o aço de baixa qualidade de Xangai.” Horas antes, Trump acusou a China de ter violado o acordo de trégua comercial fechado entre Washington e Pequim no mês passado, sem fornecer mais detalhes.

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Em comunicado nesta segunda-feira (2), a China rebateu a alegação de Trump e acusou os EUA de terem desrespeitado o pacto. No domingo (1), o diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, disse à ABC News esperar que Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, tenham uma “conversa maravilhosa” sobre as negociações comerciais nesta semana.

BTG recomenda Gerdau

Em informe nesta segunda-feira, o BTG Pactual recomendou a compra das ações da Gerdau, tendo como motivação as taxas de Trump sobre o aço importado. “Vemos a Gerdau como a principal beneficiária na América Latina, com seus negócios na América do Norte (60% de exposição do EBITDA) devendo expandir a lucratividade e ajudar a compensar a fraqueza persistente em Brasil”. 

Sobre a possível alavancagem da Gerdau num ambiente de aumento dos preços do aço nos EUA, os analistas apontam em um cenário promissor: “Assumindo um aumento conservador de 5% nos preços, isso resultaria em um aumento de 12% no EBITDA em relação ao nosso cenário base, e elevaria nosso yield de geração de caixa para 2026 de 10% para 13%. Em outras palavras, a Gerdau possui uma alavancagem operacional significativa diante de preços mais altos do aço”.

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