Reforma tributária ficará para 2020, diz fonte do governo

A aprovação da reforma tributária ocorrerá somente em 2020, segundo uma fonte da equipe econômica do governo federal. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (7) pela agência de notícias “Reuters”.

De acordo com a fonte, o calendário apertado no Congresso e a complexidade da reforma tributária são os fatores que levaram ao adiamento da medida.

Além disso, a prioridade do governo federal no momento é aprovar a reforma da Previdência. Com a aprovação, a equipe econômica encaminhará o pacto federativo. No entanto, segundo a fonte, a votação do novo pacto também deve ficar para o ano que vem.

“O acordo [com as lideranças no Congresso] é iniciar o pacto federativo assim que acabar a Previdência. Alguma coisa da reforma tributária pode ser esse ano, mas não toda”, afirmou a fonte.

Desoneração da folha de pagamento na reforma tributária

O relator da reforma na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que avalia incluir no texto a desoneração da folha de pagamento para as empresas que pagam entre 1 a 1,5 salário mínimo aos funcionários.

Saiba mais: Reforma tributária pode incluir desoneração da folha de pagamento

Conforme as informações publicadas pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, se a proposta for aprovada, as empresas que se encaixam no quesito terão redução nos impostos que pagam sobre o salário dos funcionários.

“O custo do emprego no Brasil é exorbitante. Com a desoneração, ajudamos as empresas a gerar mais empregos”, afirmou Ribeiro.

Tributação de dividendos

A tributação de dividendos na reforma tributária, alternativa para compensar a perda dos impostos da folha de pagamento, já era considerada pelo governo federal.

O governo passou considerar a medida, após o veto do presidente sobre a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

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De acordo com estudos da Receita Federal, os contribuintes que se encontram no topo da pirâmide são os que atualmente pagam menos impostos. Dessa forma, a nova reforma tem como foco tributação sobre os que possuem maior capital.

Com a demissão de Marcos Cintra, após a tentativa de criar um imposto semelhante a CPMF, o governo estuda novas maneiras de arrecadar recursos para acrescentar ao texto da reforma tributária.

Giovanna Oliveira

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