CSN (CSNA3) compra 100% dos ativos da Holcim no Brasil, por US$ 1,025 bilhão

A CSN (CSNA3), por meio da sua controlada de capital fechado CSN Cimentos, comprou na noite de quinta-feira (09) 100% dos ativos da cimenteira Holcim (antiga Lafarge Holcim) no Brasil, por US$ 1,025 bilhão. É o que afirma fato relevante divulgado pela companhia nesta manhã (10).

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De acordo com o site Pipeline, a CSN ganhou vantagem na negociação ao dar lance pelo pacote de ativos completo, enquanto outras proponentes queriam fábricas separadas. Sendo assim, a CSN Cimentos adquiriu:

  • cinco fábricas de cimento,
  • quatro estações de trituração,
  • seis centros especializados em grânulos, e
  • 19 centros de concreto.

A siderúrgica informou no fato relevante que a aquisição adiciona uma capacidade produtiva à da CSN Cimentos de 10,3 milhões de toneladas de cimento por ano.

Ainda destaca que as plantas da Holcim estão estrategicamente localizadas no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste e possuem reservas substanciais de calcário de alta qualidade, além de unidades de concreto e agregados.

“São esperadas relevantes sinergias operacionais, logísticas, de gestão e comerciais, com espaço para evolução de mix de produtos e expansão da base de clientes”, diz documento.

Pelo lado da empresa suíça, o CEO da Holcim, Jan Jenisch, afirma que a transação permitirá reduzir significativamente a proporção de endividamento e dará “flexibilidade para continuar investindo em oportunidades atrativas de crescimento”.

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Em abril, a Holcim adquiriu a Firestone Building Products, filial americana do grupo japonês Bridgestone Corporation, por 3,4 bilhões de dólares, o que permitiu iniciar uma diversificação nos produtos de impermeabilizantes para telhados.

CSN reforça a divisão de cimentos

Com essa aquisição, a CSN se aproxima do topo do ranking de cimenteiras no País. A Holcim é a terceira maior, atrás da Votorantim e da InterCement. Com a compra, é a CSN quem vai para o top 3.

Será a segunda aquisição da controlada CSN Cimentos em menos de quatro meses. No fim de junho, a empresa adquiriu a cimenteira Elizabeth por mais de R$ 1 bilhão do fundo Farallon, saltando para uma capacidade total de 6 milhões de toneladas por ano.

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Com o fechamento da operação, que depende da aprovação dos órgãos reguladores, a CSN Cimentos passará a ter uma capacidade total de 16,3 milhões de toneladas de cimento por ano e presença cada vez mais abrangente no território nacional como um produtor relevante e de baixo custo.

“Este movimento se insere na estratégia de expansão da CSN Cimentos em meio à recuperação do consumo de cimento no Brasil, demonstrando a capacidade da empresa de assumir papel de destaque no setor”, diz a Companhia Siderúrgica Nacional em fato relevante.

Para a Ativa Investimentos, o movimento da empresa é relevante justamente por colocá-la no top 3 de cimenteiras do País. Além disso, a corretora destaca o impacto na ação pelo preço a ser pago pela companhia.

“A transação, em termos de adição de capacidade, sairá mais barata que a realizada, por exemplo, na aquisição da Elizabeth Cimentos, que observou um múltiplo de 0,84x. Neste caso, se a companhia pagar 1 bilhão de dólares, estaria levando a Holcim por 0,53x, o que consideramos atrativo”, diz em nota.

Última cotação

Após o fechamento das operações na quinta-feira (09), a cotação da CSN na bolsa de valores expandiu 3,88%, com as ações CSNA3 sendo negociadas a R$ 34,20.

Nos últimos 12 meses, a CSN acumula uma valorização de 122,71% nos seus papéis.

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Monique Lima

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