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Radar do Mercado: Notre Dame Intermédica (GNDI3) aprova recompra

Relatório IPO – NotreDame Intermédica (GNDI3)

Em Fato Relevante, a companhia informou que o Conselho de Administração aprovou o Programa de Recompra de Ações. A Notre Dame tem 458.380.483 ações ordinárias em circulação e 308.099 ações retidas em tesouraria.

O programa almeja recomprar até 3,4 milhões de ações ON, que equivalem a 0,6% do total do capital social da empresa. Cabe à Diretoria escolher o momento e a quantidade de ações dentro deste limite.

O prazo máximo do programa de recompra será de 6 meses, com início em 9 de janeiro de 2020 e terminando em 08 de julho de 2020. As operações serão intermediadas pelo Citigroup Global Markets Brasil.

As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria, podendo ser canceladas ou alienadas. O RI da empresa menciona a possibilidade de serem transferidas com o fim de pagar parte do preço da aquisição do Grupo Clinipam. O grupo adquirido apresentou crescimento anual de beneficiários de 17% entre 2013 e 2018.

A companhia já pagou R$ 250 milhões à vista e R$ 200 milhões serão pagos em novas ações emitidas a um preço por ação de R$ 59,42.

A estratégia de recompra de ações é instrumento amplamente utilizado para remunerar os acionistas, ao comprar os papéis e cancelá-los, os acionistas acabam por deter fatia maior do capital social da companhia, e acabam por desfrutar de um lucro por ação maior.

É uma maneira que não pode ser expressada pelo dividend yield, métrica a que os investidores costumam dar mais atenção. O shareholders yield, por outro lado, não só engloba os dividendos, mas também as recompras e a variação da dívida líquida.

O indicador foi criado pelo investidor William Priest, em artigo de 2005, chamado “O caso do shareholder yield como um importante impulsionador do futuro dos retornos em ações”.

É importante observar que, se feita de modo exacerbado, pode retirar a liquidez das ações, pois retira ações do free float.

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