Melhores ações internacionais para 2023: as 2 mais promissoras do ano

Com a alta dólar norte-americano ao longo de 2022, muitos investidores perceberam a necessidade e importância de possuir investimentos no exterior. Assim, surge a dúvida de quais são as melhores ações internacionais para 2023.

Afinal de contas, apesar do câmbio mais elevado, muitos investidores não sabem aonde alocar o capital e se realmente vale a pena investir. Por isso é importante avaliar os investimentos no exterior e saber quais são as melhores ações internacionais para 2023.

Esse conteúdo faz parte do nosso guia completo dos Melhores Investimentos para 2023. Descubra onde investir em 2023.

Quais são as melhores ações internacionais para 2023?

É fato que parcela dos custos e despesas dos brasileiros são atrelados a moedas estrangeiras, como o dólar. E o tamanho da fatura que pagamos todos os meses pode variar conforme o real valoriza ou desvaloriza perante outras moedas.

Não é algo intuitivo, mas desde commodities como o combustível, até remédios ou mesmo Netflix, para citar alguns exemplos, são gastos presentes em nossa rotina que podem “apertar” nosso orçamento em cenários desfavoráveis.

Consequentemente, para proteger nosso patrimônio é termos fontes de renda em dólar, por exemplo.

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A boa notícia é que apesar de, no passado, haver grandes desafios para obter fonte de renda em moeda forte, hoje temos uma alternativa extremamente fácil, rápida e com burocracia mínima disponível para qualquer brasileiro: Investir em empresas que possuem receita e lucro dolarizados.

E, por sorte, hoje em dia conseguimos abrir conta em corretora nos Estados Unidos em menos de 5 minutos! Além disso, há centenas de BDRs listados na bolsa brasileira que também possibilitam investir em empresas que lucram em dólar.

Dessa forma, trazemos aqui o exemplo de duas empresas que consideramos interessantes investimentos para 2023:

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Micron Technology (UM/MUTC34)

Fonte: Status Invest

A Micron Technology (UM/MUTC34) é uma das empresas que consideramos interessante para investir no ano de 2023. Ela é da indústria de semicondutores, produtora de memória DRAM e NAND.

Memória DRAM é essencial para o mundo digital, sendo utilizada em celulares, computadores, data centers, carros modernos, videogames, IoT (internet das coisas) etc.

Porém, não é apenas porque DRAM é amplamente utilizada que a Micron configura um bom investimento. Além de ser essencial para o desenvolvimento tecnológico da humanidade, 95% do mercado global de DRAM é dominado por apenas 3 empresas: Samsung, SK Hynix e Micron Technology. As duas primeiras são coreanas e a Micron americana.

Se estudarmos a indústria de DRAM desde a década de 70, vemos que existiram dezenas de empresas batalhando por uma fatia de mercado. Porém, havia uma constante batalha para estar na liderança tecnológica, além da busca por ganhar efeitos de escala, uma vez que memória é uma commodity sendo que um baixo custo unitário se traduz em diferencial competitivo.

Isso levava a um ambiente ruim aos investidores, pois as empresas eram obrigadas a reinvestir todo o caixa que geravam para se manter competitivas.

Porém, desde 2014, o mercado se consolidou em apenas 3 empresas, a rentabilidade sobre o capital investido aumentou substancialmente e, consequentemente, a capacidade de retornar capital aos acionistas.

A Indústria possui barreiras de entrada gigantescas de necessidade de capital, escala e patentes, tornando praticamente impossível o surgimento de um novo competidor.

Os ventos favoráveis para a indústria são grandes. Com a digitalização da economia por exemplo e a utilização de computação em nuvem, os bits de memória armazenados em servidores está aumentando a largo passo.

Para se ter ideia, hoje, em torno no de um quarto dos bits de memória globais estão em data centers e dentro de 5 anos é completamente plausível que esse número dobre.

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Todas as vezes que a AWS da Amazon ou a Azure da Microsoft vão construir um data center para seus serviços de cloud, aproximadamente 30% do capital necessário é gasto com memória. Além disso, carros autônomos, internet das coisas (IoT), dentre outras inovações, aumentaram substancialmente a necessidade por memória DRAM.

Após dizer tudo isso, a Micron é uma das jóias da coroa dos Estados Unidos, visto que em 2022 foi aprovado o Chips ACTs por Joe Biden – um incentivo à indústria de semicondutores americana, no qual a Micron será amplamente beneficiada.

Porém, a indústria de DRAM possui resultados cíclicos, algo que o mercado geralmente não gosta. Mas isso não é uma desvantagem, uma vez que a ciclicidade age como uma barreira de entrada para competidores e rentabilidade média por ciclo – fomentada pelas tendências favoráveis – vem aumentando com o passar do tempo, sendo que no último ciclo a Micron entregou médio retorno sobre o capital investido (ROIC) superior a 20%.

A Micron não possui dívida sendo negociada a um preço/lucro atual de aproximadamente 7 vezes, cotada a US$ 54,00 possui valor de mercado próximo a US$ 59 bilhões.

Pampa Energia (PAM)

Fonte: Status Invest

Outra empresa que consideramos interessante para 2023 é a Pampa Energia (PAM). A Pampa Energia é uma empresa do setor de energia da Argentina. 

De antemão, sabemos que a Argentina passa por um momento econômico adverso. Porém, enquanto poucos investidores querem olhar para o país devido ao pessimismo, com um olhar diligente, podemos encontrar empresas bem geridas e de qualidade sendo deixadas de lado simplesmente por estarem sediadas na Argentina, como é o caso da Pampa Energia, que possui histórico de crescimento por mais de 15 anos, com 80% da receita atrelada ao dólar e com gestão de ponta.

A Pampa é a maior empresa independente de energia da Argentina, tendo como seus principais negócios a geração de energia elétrica e a exploração e produção de petróleo e gás.

Através de participações ou negócios de menor escala, a Pampa Energía também atua em negócios como transmissão de energia, produção de petroquímicos, transporte de gás natural e refino e distribuição de derivados do petróleo.

Sendo negociada a US$ 28,00 por ADR, a empresa possui valor de mercado de US$ 1,54 bilhão.

Podemos olhar de maneira resumida, mas passando pelos principais pontos, para entendermos quais são os ativos da Pampa. Também, podemos fazer algumas comparações com empresas brasileiras (mesmo que imperfeitas) para entendermos a dimensão da empresa:

Primeiramente, a empresa opera usinas de geração elétrica 5,0 GW de capacidade instalada (77% termelétrica, 19% hídrica, 4% eólica), remunerada majoritariamente através de contratos (PPAs) de longo prazo com remuneração atrelada ao dólar. 

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A Pampa é a maior geradora privada de energia da Argentina, com aproximadamente 12% da energia gerada no país.

Para efeito de comparação, a Eneva (ENEV3) empresa que possui termelétricas no Brasil, possui aproximadamente 3.000 MW de capacidade instalada (mais 600 MW sendo construídos) e tem um valor de mercado de R$ 20 bilhões (aproximadamente US$ 4 bilhões), ou seja, mais que o dobro do valor de mercado da Pampa (e com nível semelhante de dívida).

Porém, a Pampa possui outros ativos valiosos, inserida em diversos pontos na indústria de energia.

Ainda na parte de energia elétrica, a Pampa Energía possui 26,3% de participação na Transener. A Transener é a maior empresa de transmissão de energia da Argentina, contando com 21,1 mil quilômetros de linhas de transmissão, o que equivale a 85% da fatia de mercado do país.

A Transener possui concessões para operar as linhas de transmissão até 2088. Dessa forma, ajustando pela participação, a Pampa possui indiretamente 5,55 mil quilômetros de linhas de transmissão.

Para efeito de comparação, a Taesa (TAEE11), que opera linhas de transmissão no Brasil, possui 11,1 mil quilômetros de linhas de transmissão (mais 2,5 mil km sob construção, totalizando 13,5 mil km). Ou seja, a Transener possui 56% mais linhas de transmissão que a Taesa, e suas concessões são muito mais longas.

Como a Pampa detém indiretamente 5,55 mil km de linhas transmissão, isso equivale a 41,1% da extensão da Taesa, empresa que possui hoje um valor de mercado de R$ 12,5 bilhões (aproximadamente US$ 2,3 bilhões), sendo que a Transener não possui dívida enquanto a Taesa possui R$ 7,5 bilhões de dívida líquida.

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A Pampa também atua no segmento de transporte de gás natural, com uma participação de 29,3% na Transportadora de Gas del Sur (TGS).

A TGS opera um dos maiores gasodutos da América Latina, com uma extensão de 9.284,31 km, transportando aproximadamente 60% do gás da Argentina. 

Destes, 7.684,62 km são operados sob base exclusiva, de acordo com sua licença. Nos 1.599,69 km restantes, a companhia não é proprietária, mas recebe uma compensação por operar e realizar a manutenção.

Para efeito de comparação, podemos olhar para a TAG (Transportadora Associada de Gas S.A.) que opera no Brasil e foi adquirida pela Engie. 

A TAG possui 4.500 km de gasodutos e foi adquirida a um valuation de R$ 10 bilhões (aproximadamente US$ 1,8 bilhão). Olhando apenas para os 7.684,62 km de gasodutos exclusivos da TGS e comparando com a TAG, vemos que a TGS tem extensão 70% superior a TAG.

Portanto, a Pampa, com 29% da TGS, possui indiretamente 2.228 km de gasodutos (2.692 km se incluirmos o total operado).

Por fim, a Pampa atua no segmento de exploração e produção de gás natural e petróleo (E&P).

Em E&P, a empresa tem 7% market share no país, com produção de 64,8 kboe/dia (92% gás). Possuir 8% da área da Vaca Muerta, a segunda maior bacia de gás de xisto do mundo.

A Pampa possui mais de 140 milhões de barris de óleo equivalente (boe) de reservas provadas (1P), sendo 90% gás natural e 10% petróleo. Dessa reserva, 49% das quais são desenvolvidas. Para se ter ideia, em 2016 a Pampa adquiriu a Petrobrás Argentina pelo total de US$ 1,7 bilhão, sendo que a aquisição equivale a apenas o segmento de exploração e produção de gás natural e petróleo. A Pampa é negociada a um EV/EBITDA de aproximadamente 2,5.

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Por que investir em ações internacionais em 2023?

Além de conhecer as apostas das melhores ações 2023, é preciso saber também a resposta de por que investir em ações internacionais em 2023. Isto já que existem motivos de sobra para realizar aportes no exterior ao longo ano que está por vir.

Algumas das razões de porque investir em dólar em 2023 são:

  • Conseguir investir em empresas de setores sem representatividade na B3;
  • Possibilidade de analisar mais companhias, pelo maior número de ativos;
  • Usufruir dos benefícios da diversificação geográfica;
  • Se expor às maiores empresas do globo;
  • Proteger-se da apreciação do dólar.

Sem dúvida, a diversificação geográfica proporcionada pelos investimentos no exterior em 2023 é a maior vantagem de enviar recursos para fora do Brasil. Nesse sentido, ela faz com que o investidor não esteja dependente apenas do mercado do seu próprio país.

Dessa forma, o investidor protege uma parte de seu patrimônio dos riscos específicos do Brasil. A redução de risco permitida pelo investimento no exterior vem justamente do fato de ele ser uma forma de diversificação geográfica. Nesse sentido, ele ajuda a eliminar parte do risco sistemático dos investimentos.

Potencial de retorno

Entre esses riscos, inclusive, não há como deixar de citar o risco político — devido às eleições do poder executivo em 2022 — e o risco fiscal do próximo governo.

Mais uma vantagem de investir no exterior é o potencial de retorno que pode ser encontrado em investimentos nas bolsas americanas.

E além dos riscos relacionados aos fatores que contribuem com a apreciação do dólar e com a depreciação do real, existem ainda outros pontos que favorecem o investimento fora do Brasil. Por exemplo, poder acessar excelentes companhias, inclusive aquelas que não possuem representatividade na bolsa de valores brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).

Isso porque existem literalmente milhares de ações sendo negociadas em NYSE e Nasdaq. E não só de empresas, americanas, mas do mundo todo.

Essas variáveis, e tantas outras, como a Taxa Selic e a inflação doméstica, possuem impacto direto no câmbio do dólar. Com isso, dependendo do contexto, o câmbio pode se elevar ainda mais no curto e médio prazo, favorecendo os investimentos no exterior.

Exposição à economia mundial

Outra grande vantagem de se investir no exterior é a possibilidade de se expor a toda economia mundial, e não só à brasileira.

Isso é importante porque muitas vezes as empresas negociadas na B3, a bolsa brasileira, possuem atuação apenas interna, no Brasil. Ou seja, não são tão impactadas pelo crescimento mundial.

Contudo, investir em companhias que estão crescendo ao nível mundial é bastante interessante. Afinal, dessa forma o investidor consegue se proteger de uma queda do consumo interno e se expor a um mercado consumidor muito maior – o mundial.

Por exemplo, ao investir em ações como Apple, Facebook, Google e Microsoft, o investidor se expõe a empresas que possuem grandes avenidas de investimento ao redor de todo o mundo, e não só em um único país.

Proteção cambial

Por fim, há ainda a questão da imprevisibilidade do dólar. Isso porque é quase impossível prever a direção do preço da moeda no curto prazo, já que são incontáveis eventos mundiais que influenciam na sua cotação.

Por isso, o ideal é que os investidores reservem um percentual da carteira de investimentos para ações internacionais. Seja para aquelas listadas na bolsa de Nova York (NYSE) ou para a NASDAQ.

E então, conseguiu entender melhor por que investir fora e quais são as melhores ações internacionais para 2023? Deixe abaixo suas dúvidas e comentários sobre o assunto.

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ACESSO RÁPIDO
    Alberto Amparo
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    2 comentários

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    • Aline 23 de dezembro de 2022
      Como abrir conta em uma corretora americana?Responder
      • Luix 8 de abril de 2024
        Podes utilizar a conta global do Banco Inter.Responder