Suno Artigos

Dívida externa do Brasil: o que é e como ela funciona?

dívida externa do Brasil

Há muito tempo, a dívida externa do Brasil é muito comentada por veículos da mídia, políticos e no dia a dia do povo brasileiro.

É muito importante analisar com cuidado a dívida externa do Brasil. Afinal, um país com uma elevada dívida externa está mais suscetível às crises econômicas e à instabilidade.

O que é a dívida externa brasileira?

A dívida externa do Brasil é o somatório dos débitos do país, resultantes de financiamentos e empréstimos contraídos no exterior pelo governo federal, para benefício de empresas estatais ou privadas.

Ou seja, é a soma de todos os empréstimos contraídos no exterior feitos por um governo e, dependendo desse valor, é possível impactar gravemente o mercado financeiro.

Estes recursos emprestados podem vir de governos estrangeiros ou entidades financeiras internacionais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional) ou o Banco Mundial.

Logicamente, esses compromissos são assumidos em moeda estrangeira, como é o caso do dólar, moeda utilizada como referência mundial para esse tipo de operação.

Por fim, agentes que buscam investir no Brasil assumem esses débitos para obter um retorno, o juro da dívida.

Qual a dívida externa brasileira hoje?

A dívida externa do Brasil é de cerca de R$ 5,75 trilhões, com pequenas variações que podem acontecer mês a mês.

Esses dados são divulgados através dos relatórios mensais de dívida, produzidos pela secretaria do tesouro nacional (STN) e divulgados por entrevistas coletivas.

Além da informação a respeito do valor da dívida, o relatório traz uma contextualização de natureza macroeconômica a respeito do valor e quais fatores impactaram a dívida para baixo ou para cima.

Como funciona a dívida externa do Brasil?

O que ocorre com a dívida na ocasião de uma crise econômica, por exemplo? Nesses momentos, normalmente, a moeda corrente, o Real, se deprecia e o dólar sobe bastante. Isto, por si só, já pode causar malefícios para a economia e causar inflação, por exemplo.

No entanto, se o país tem a maioria da dívida classificada como externa, isto pode causar ainda mais problemas. E este problema é um aumento exponencial do valor da dívida.

Afinal, calcula-se a dívida externa do Brasil e de qualquer país em dólares, e que em uma crise econômica o dólar tende a subir.

Portanto, o país, além de se deparar com uma crise econômica, tem que conter também a elevação da dívida. É por isso que muitos economistas observam a dívida externa com grande preocupação.

Além disso, uma alta dívida internacional do Brasil (como a dívida externa do Brasil) denota uma falta de confiança por parte dos investidores estrangeiros na economia local.

Isto é, eles preferem não assumir dívida na moeda local, pois não confiam na manutenção do poder de compra dessa moeda. Optando, assim, por assumir a dívida em dólar.

Como se controla a dívida externa?

É fato que a dívida externa do brasil nos últimos 20 anos tem crescido de forma muito elevada. Por isso, muitos profissionais de economia e governantes buscam formas de controlar a dívida.

Existem duas principais ações que o governo pode fazer para controlar a sua dívida e, portanto, equilibrar as suas contas.

Emissão de títulos públicos

É possível que o governo, primeiramente, emita títulos de dívida externa, permitindo assim negociar com bancos estrangeiros, governos de outros países e outras instituições internacionais em dólar.

Entre os títulos de dívida externa mais comum, estão os “global bonds”, ativos dolarizados cuja emissão pode ocorrer em reais (ou outras moedas, caso seja aplicável).

Sendo assim, esses títulos possuem prazos longos e entregam rentabilidades maiores do que títulos de curto prazo, permitindo a ação dos juros compostos aumentar o capital investido.

Renegociamento de dívidas

Assim como as pessoas podem renegociar suas dívidas com o banco para controlar o seu planejamento financeiro, os países também o fazem com as instituições financeiras.

Dessa forma, é possível trocar uma dívida mais “cara” por uma mais “barata” e com mais facilidade de pagamento, permitindo assim que o governo consiga estabilizar suas contas e diminuir o valor total da dívida.

Histórico da dívida externa brasileira

O início da dívida externa do Brasil remete à independência do país. À época, o país captou empréstimos do Reino Unido para financiar o reconhecimento da sua independência.

Outro momento marcante da dívida é o evento conhecido como convênio de Taubaté. Este convênio foi um acordo entre os produtores do café brasileiro e o governo federal.

Este último deveria garantir a compra do excedente do café produzido. E esta compra deveria ser financiada através do aumento da dívida internacional.

Mais recentemente, eventos marcantes da dívida externa brasileira foram os diversos acordos que culminaram  na sua estabilização. Uma série de negociações prévias ao Plano Real retomaram a credibilidade do Brasil perante o mercado de capitais mundial.

O sucesso do Plano Real também foi decisivo para que o país pudesse acessar novamente o mercado da dívida internacional.

Por fim, a partir de 2002, ocorreu o último evento marcante da dívida externa brasileira. Ela diminuiu de forma drástica e, hoje, o valor da dívida externa do Brasil responde por menos de 5% de todo o estoque da dívida do Brasil.

No entanto, é importante ressaltar que o governo alcançou esse resultado com um grande aumento da dívida interna do país. Assim, embora o problema da dívida externa brasileira esteja controlado, a situação geral da dívida pública está longe de uma solução adequada.

Atualmente, a maior parte da dívida brasileira é interna e está dividida em 3 grandes partes:

Qual a diferença entre dívida externa e dívida interna?

Como pudemos ver, a dívida externa se acumula perante aos empréstimos negociados com governos de outros países ou com fundações internacionais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial, entre outros.

Por outro lado, a dívida interna é feita com credores no país e na moeda local, no caso, com o real. Sendo assim, a dívida interna cresce conforme são feitos empréstimos com bancos, empresas e até pessoas residentes no país.

Conseguiu entender o que é a dívida externa do Brasil? Deixe seu comentário abaixo.

Perguntas Frequentes sobre dívida externa do Brasil
Para quais países o Brasil deve?

O Brasil deve dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que é uma instituição supranacional (ou seja, não pertence a nenhum país). Por isso, o Brasil não deve a países específicos.

Quem aumentou a dívida pública externa do Brasil?

O crescimento elevado da dívida pública externa no Brasil se iniciou com o governo Fernando Henrique Cardoso e, apesar de períodos de queda, continua crescendo até os dias atuais.

Qual o valor da dívida externa do Brasil em 2022?

O valor da dívida externa do Brasil em 2022 é de cerca de R$ 5,75 trilhões.

Sair da versão mobile