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Como o Acordo de Bretton Woods organizou a economia mundial no pós-guerra

Bretton Woods

Em julho de 1944, quando a derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra já estava praticamente certa, representantes das 45 nações aliadas se reuniram na cidade de Bretton Woods, nos Estados Unidos, para estabelecer aquilo que ficou historicamente conhecido como Acordo de Bretton Woods.

A partir de um acordo histórico, o encontro em Bretton Woods estabeleceu o funcionamento das políticas monetárias e econômicas dos países no pós-guerra e definiu a forma que capitalismo tomaria durante as próximas décadas.

O que foi o Acordo de Bretton Woods?

O Acordo de Bretton Woods foi um acordo assinado em 1944, na cidade homônima nos Estados Unidos (que deu origem ao nome do acordo) por 45 nações aliadas, onde foram acertadas as bases que regeriam a política econômica global após a Segunda Guerra Mundial.

Em tese, o acordo de Bretton Woods tinha como principais objetivos promover a cooperação econômica, facilitar o comércio internacional, padronizar as políticas cambiais e construir um sistema financeiro multilateral entre os países.

Porém, como os Estados Unidos saíram da guerra assumindo o papel de nação líder dentro da nova lógica internacional, o sistema que surgiu de Bretton Woods acabou sendo amplamente favorável aos interesses americanos.

De forma geral, os termos definidos no acordo fez com que os EUA assumissem o controle não só das relações financeiras entre os países, mas também sobre toda a economia mundial.

O que definiu o Acordo de Bretton Woods?

No acordo, foi acertado um pacote de medidas chamado de Sistema Bretton Woods. Esse sistema foi composto por uma série de normas que norteariam o funcionamento do sistema financeiro e econômico mundial. Algumas delas são:

Sala onde foi assinado o acordo para criação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O fim do sistema Bretton Woods

As medidas aprovadas em Bretton Woods funcionaram como previsto durante 20 anos. Porém, a partir da segunda metade da década de 60, vários problemas começaram a surgir no sistema, principalmente pela degradação das finanças norte-americanas. Ou seja, com a desvalorização do dólar, indiretamente todos os países que o utilizavam passaram a ser afetados.

Com isso, a emissão de dólares promovida pelos EUA para financiar seus recorrentes déficits orçamentários e estimular sua economia doméstica começou a causar problemas para o restante do mundo – já que, pelo acordo, os demais países também eram obrigados a emitir moeda própria para manter o câmbio fixo com o dólar americano.

Ou seja, com a deterioração do dólar, cada vez mais países e investidores começaram a demandar a troca da moeda pelo ouro. Logo, essa medida ajudou a causar um rompimento no sistema, já que os Estados Unidos não estavam mais tendo lastro para cobrir a paridade do dólar com o metal.

Dessa forma, quando a Alemanha Ocidental e a França começaram a trocar suas reservas por ouro em 1971, o governo do presidente americano Richard Nixon decidiu encerrar à convertibilidade do dólar em ouro. Por isso, essa medida representa o fim dos termos desenhados no acordo de Bretton Woods.

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