XPML11 compra participação em 5 shoppings do Iguatemi (IGTI11)
O fundo imobiliário XPML11 fechou um memorando de entendimentos com o Iguatemi (IGTI11) para ampliar sua presença em cinco shoppings do grupo, numa operação de R$ 608,67 milhões. A liquidação ocorrerá em até 24 meses, combinando pagamento em dinheiro e cotas de nova emissão do fundo.
O movimento reforça a tese de expansão com diversificação geográfica e otimização do portfólio. Nos ativos já detidos pelo fundo, a participação aumentará em duas frentes. No Shopping Pátio Higienópolis, na zona oeste de São Paulo, o XPML11 comprará 9% adicionais de propriedade do fundo imobiliário BBIG11, elevando sua fatia total para 19,04%. Já no Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, o fundo passará de 23% para 30% após aquisição direta do Iguatemi.
A transação também marca a entrada em três shoppings paulistas. O fundo assumirá a propriedade de 9% do Iguatemi Alphaville, em Barueri, fortalecendo a exposição na região metropolitana. Em cidades do interior, deterá 23,96% do Iguatemi Ribeirão Preto e 18% do Iguatemi São José do Rio Preto, ampliando capilaridade em praças de alto fluxo.
XPML11: pagamento e cronograma
A gestora XP Asset detalhou um desembolso inicial de R$ 78,62 milhões em espécie no fechamento. A maior parcela, de R$ 359,28 milhões, será liquidada via compensação de créditos com subscrição de cotas da próxima emissão do XPML11, ainda a ser convocada. As demais parcelas vencem em 12 meses (R$ 60,87 milhões) e 24 meses (R$ 109,90 milhões), ambas corrigidas pelo CDI, o que traz previsibilidade ao caixa.
O Iguatemi seguirá responsável pela administração e pelo controle operacional dos empreendimentos, preservando a proposta de valor dos ativos. A empresa ressalta uma estratégia de “alocação de capital eficiente”, alinhada à criação de valor no longo prazo.
O XMPL11 concluiu recentemente a venda de participações em nove shoppings por mais de R$ 1,6 bilhão, com cerca de R$ 1 bilhão recebido à vista. Segundo a gestão, os recursos reforçam a redução da alavancagem e sustentam a distribuição de R$ 0,92 por cota, estável há mais de 12 meses.
