Weg (WEGE3): Goldman Sachs vê múltiplo esticado, mas observa alta rentabilidade

A Weg (WEGE3) apresentou, na manhã desta quarta-feira (21), seus resultados referentes ao terceiro trimestre deste ano. A companhia teve um lucro líquido de R$ 644,24 milhões no período entre julho e setembro, equivalente a uma alta de 54% sobre o mesmo período de 2019. O banco de investimento norte-americano Goldman Sachs disse que ainda vê os múltiplos da companhia acima das médias históricas, mas observa a rentabilidade da companhia.

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Em uma primeira análise, a instituição financeira destacou que a relação entre o valor de firma (que leva em consideração o valor de mercado, ativos e passivo da companhia) e o capital investido está em 15,4 vezes na estimativa para 2021. Entretanto, o spread entre o Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC) e o WACC da Weg também está “muito elevado” para o período, segundo os analistas do banco.

No terceiro trimestre, o ROIC da empresa foi de 23,3%, crescimento de 4,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2019, e alta de 1,7 ponto percentual em relação ao segundo trimestre deste ano.

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Bruno Amorim, Osmar Camilo e Joao Frizo, que assinam o relatório inicial do Goldman Sachs, salientaram que buscarão esclarecer, na teleconferência com analistas, quais são os possíveis impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nas operações de ciclo longo da empresa.

Por ora, a instituição estadunidense permanece com a recomendação neutra para os papéis da Weg, com um preço-alvo de R$ 55,90 — equivalente a um downside de 33%, com base na cotação atual. Por volta das 12h13, as ações da companhia registravam uma leve queda de 0,22%, para R$ 83,37.

Mercado externo da Weg cresce 1,7%

A principal fonte de receita da empresa, no período entre julho e setembro, foi o mercado externo, colaborando com US$ 505,04 milhões (cerca de R$ 2,71 bilhões na cotação real/dólar de R$ 5,38), crescimento de 1,7% ano contra ano. Desse valor, o mercado na América do Norte contribuiu com 13,9%, enquanto a Europa teve uma participação de 28,1%.

O mercado interno contribuiu com R$ 2,85 bilhões, avanço de 51,3% sobre o mesmo período de 2019, e de 30% frente ao trimestre imediatamente anterior.

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Ao longo dos primeiros nove meses deste ano, a geração de caixa nas atividades operacionais foi de R$ 2,55 bilhões, um crescimento de 137,5% em relação ao mesmo período de 2019. Segundo a Weg, esse resultado “é explicado principalmente pelo crescimento do resultado operacional e menor necessidade de capital de giro no período”.

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Jader Lazarini

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