A venda da unidade de metais básicos da Vale (VALE3), que teve intenções divulgadas ainda em outubro de 2022, deve ocorrer até o fim de setembro deste ano. As informações são do jornal Valor Econômico.
A expectativa é de que a compra da fatia da Vale seja feita pelo Fundo de Investimento Público (PIF), da Arábia Saudita, que deve desembolsar US$ 2,5 bilhões por 10% do negócio.
Além disso, a General Motors segue interessada, assim como a japonesa Mitsui, o fundo QPP do Canadá e o QIA, do Qatar.
Apesar disso, a Vale não fala diretamente sobre nenhum dos nomes, se limitando a reafirmar que “está buscando ativamente parceria para o seu negócio de Metais para Transição Energética”.
A mineradora se pronunciou recentemente logo após a divulgação de notícias com rumores acerca de uma venda bilionária da fatia.
A mineradora se pronunciou dizendo que “não pode confirmar ainda o valor de um eventual investimento nem as partes envolvidas”.
Há meses, a Vale tem feito esforços envolvendo a unidade e, em meados de maio, a empresa confirmou que estava em busca de um parceiro estratégico.
Dentro da governança, ainda em abril a Vale nomeou Emily Olson como a líder da Diretoria de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos do negócio de Metais de Transição Energética.
No ano passado a empresa também chegou a contratar consultores para avaliar o negócio e, posteriormente, buscar um sócio estratégico no negócio de cobre e níquel – conhecidos como ‘metais verdes’ pela relevância na transição energética.
“Isto faz parte de uma série de ações estratégicas tomadas ao longo dos últimos 18 meses visando posicionar a Vale Metais Básicos para acelerar seus planos de crescimento no Brasil, Canadá e Indonésia, entregando os minerais críticos extremamente necessários à transição energética”, diz a Vale, em nota.
Vale tem ‘IPO na mesa’
O assunto, já ventilado há meses pela empresa, foi um dos temas centrais da conferência após a divulgação do resultado do primeiro trimestre da empresa.
Na ocasião o CEO, Eduardo Bartolomeo, disse que uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) é uma das possibilidades, mas não a única.
“É um evento de liquidez que podemos buscar. Mas o que queremos é criar opções e o IPO não é a única alternativa na mesa”, disse, à época.
“Vamos crescer de forma orgânica e temos também alguns M&As que podemos fazer além dos ativos que temos em metais de transição energética. Essa indústria vai se consolidar e teremos a entidade correta para executar isso. Com cautela e de forma disciplinada”, comentou, na mesma ocasião.
Em linha com essa estratégia, a Vale trouxe Mark Cutifani, ex-CEO da Anglo American, para presidir o recém-formado Conselho de Administração do negócio de metais de transição energética.
Mais cedo, em fevereiro, a Vale também havia anunciado Jerome Guillen no time da unidade de metais básicos. O executivo, que integra o time de lideranças da operação, é ex-presidente da divisão automotiva da Tesla (TSLA34) e tinha proximidade com Elon Musk.
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