As ações da Vale (VALE3) fecharam em queda de 1,47%, cotadas a R$ 76,89, nesta quarta-feira (5). Junto às perdas da blue chip, o Ibovespa tem baixa de 0,78%, aos 101.072 pontos.
Além da Vale, os papéis de outras mineradoras e siderúrgicas também caíram no pregão. Confira abaixo:
- CSN Mineração (CMIN3): -1,74%
- CSN (CSNA3): -1,14%
- Gerdau (GGBR4): -2,99%
- Usiminas (USIM5): -0,98%
Assim como na véspera, as mineradoras e siderúrgicas caem no Ibovespa devido aos contratos futuros do minério de ferro. Embora hoje seja feriado na China (Festival de Qingming), e a bolsa de Dalian esteja fechado, apenas nesta semana a commodity acumula perdas de quase 6%.
China x Rali do minério
A queda do minério de ferro — fato que ajuda a derrubar as ações da Vale e empresas de mineração e siderurgia no Ibovespa — tem sido provocada, sobretudo, por conta de regulações internas da China. Nas últimas semanas, o governo do país já cortou a produção de aço e até mesmo buscou traders para explicarem a disparada da commodity.
Já ontem, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China solicitou que empresas de análise avaliassem o mercado do minério de ferro, a fim de evitar uma valorização dos preços.
É importante lembrar que os meses de abril a junho são o período com maior demanda por ação, visto que é o pico das atividades de construção civil do país.
Vale: a única sobrevivente do rali?
Entre as empresas do setor de mineração e siderurgia, o BofA sublinha que a Vale é a principal posição de longo prazo do consenso atual. Apesar disso, os investidores reduziram suas posições desde dezembro, por causa das incertezas em relação à sustentabilidade do preço do minério de ferro.
“A falta de convicção e clareza sobre as perspectivas para o setor fez com que a maioria dos investidores não desejasse receber chamadas direcionais, com a maioria à procura de portos seguros”, dizem os analistas, destacando que a Vale ainda ocupa essa posição.
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