Vale (VALE3) pretende desmontar cinco barragens a montante em 2022

A Vale (VALE3) informou nesta semana que teve início o processo de descaracterização da primeira, de cinco barragens a montante – quando o corpo da barragem é construído com o uso de rejeitos através de alteamentos sucessivos sobre o próprio rejeito depositado – que serão reintegradas ao meio ambiente em 2022.

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Segundo a Vale, nesta segunda-feira (7) começaram as obras de desmonte no Dique 4 da barragem Pontal, em Itabira (MG), na região metropolitana da capital Belo Horizonte.

A expectativa é que até o fim do ano, a mineradora tenha concluído o processo de descaractetização de 12 das 30 barragens mapeadas desde o começo do processo, iniciado em 2019, para serem desmontadas.

Em nota, a companhia informou que “a descaracterização de todas as barragens a montante é um dos pilares no princípio de garantia de não repetição de rompimentos como o de Brumadinho, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, dos trabalhadores e do meio ambiente.”

“Ao mesmo tempo e alinhada às melhores práticas internacionais para gestão de barragens, a empresa tem intensificado as ações preventivas, corretivas e de monitoramento nas suas estruturas avançando rumo à meta de não ter nenhuma barragem em condição crítica (nível de emergência 3) até 2025″, comunicou a Vale.

Desde que teve início o processo da Vale de descaracterização das barragens a montante, quatro estruturas em Minas Gerais e três no Pará foram eliminadas. Segundo a mineradora, “essas ações também aumentam a segurança nas estruturas a montante que serão eliminadas até que as etapas preparatórias e de engenharia para a descaracterização sejam concluídas”.

Para este ano, a previsão é de concluir a descaracterização dos diques 3 e 4 do Sistema Pontal, da barragem Ipoema, em Itabira (MG), e o Dique Auxiliar da Barragem 5, em Nova Lima (MG), também na região metropolitana de Belo Horizonte, bem como a Barragem Baixo João Pereira, em Congonhas (MG), a 90 km da capital.

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Vale diz que eliminação de barragens a montante faz parte de ‘transformação cultural’ da empresa

Segundo a nota, a companhia destaca que, desde o rompimento da barragem em Brumadinho – há pouco mais de dois anos, em 25 de janeiro de 2019, e que vitimou 270 pessoas -, deu origem a um “processo de transformação cultural” na empresa.

“No Brasil, a descaracterização é também um dos principais marcos da evolução do modelo de gestão de barragens da Vale com três linhas de defesa focadas prioritariamente na segurança das estruturas e das pessoas que vivem próximas”, informou a Vale.

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Pedro Caramuru

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