O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (6) que a China “não está fazendo negócios agora” e que se encontrará com representantes da potência asiática “no momento certo”. Durante evento no Salão Oval, o republicano afirmou que os norte-americanos “não estão perdendo nada” por não negociarem com os chineses.
“A economia da China está sofrendo muito com a falta de comércio com os EUA”, disse o líder norte-americano. Trump pediu para que os repórteres parassem de questionar sobre os acordos comerciais que estariam sendo assinados com os países e disse que os EUA “não são caóticos, são flexíveis”.
“Não pretendemos prejudicar países. Assinaremos alguns acordos e também reduziremos os preços”, afirmou o presidente dos EUA, ao mencionar que o país não precisa assinar acordos, assim como as outras nações também não precisam. “Em alguns casos, assinaremos alguns acordos comerciais”, avaliou.
Questionado sobre uma possível alteração das tarifas impostas contra o Canadá, Trump disse que se manteria irredutível a eventuais pedidos do primeiro-ministro canadense, Mark Carney. Ele disse que os EUA querem proteger seu próprio setor automobilístico, “realmente não querem” carros do Canadá e que, em algum momento, não fará sentido econômico para o país vizinho construir os automóveis.
“Não fazemos muitos negócios com o Canadá; eles fazem muito conosco do nosso ponto de vista. Não há motivos para os EUA subsidiarem o Canadá”, disse ao lado de Carney, antes do início da reunião entre os dois. Carney, por outro lado, ressaltou que o Canadá está procurando oportunidades para trabalhar em conjunto com os EUA.
Trump fala; Bessent diz que negocia “acordos justos”
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que o país está “mirando em acordos justos com parceiros comerciais” e que esses acertos, “favoráveis” para ambos os lados, serão alcançados “a partir das tarifas”. Em depoimento na Câmara dos Representantes, Bessent reiterou a visão do presidente Donald Trump de que “as tarifas e acordos comerciais justos trazem empregos de volta ao país”.
Ele também destacou a importância do monitoramento de investimentos estrangeiros da China. “A supervisão dos investimentos externos da China é uma nova ferramenta importante. Qualquer legislação sobre investimentos externos deve ser flexível”, pontuou.
Segundo o secretário, alguns acordos comerciais, inclusive com “grandes parceiros” dos Estados Unidos, “podem ser anunciados ainda nesta semana”.
Sobre a dívida norte-americana, o secretário reforçou o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal. “Estamos tentando controlar o nível absoluto da dívida e fazer o PIB crescer. Concordo que o que importa é a relação dívida/PIB. É difícil saber quando o mercado se revoltaria contra a dívida dos EUA”, afirmou Bessent.
Com Estadão Conteúdo
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