SNME11 amplia exposição a FIIs e reforça estratégia de ganhos em meio à recuperação do mercado
A recuperação parcial dos fundos imobiliários em março trouxe reflexos imediatos para o SNME11, que registrou um retorno total de 8,07% no mês — resultado impulsionado pela valorização das cotas de FIIs e ganhos de capital com vendas pontuais.
Durante transmissão no canal da Suno no YouTube, o analista Gerardo Azevedo explicou que parte expressiva da performance se deve à retomada do IFIX, que subiu cerca de 6% no período. “O fundo se beneficiou dessa recuperação, com destaque para os ativos que estavam extremamente descontados nos meses anteriores”, comentou.
O SNME11 distribuiu R$ 0,11 por cota, valor pago em 25 de abril, consolidando um rendimento competitivo e acima de referências tradicionais, como o IPCA + Yield do IMA-B — indicador superado pelo fundo com um alfa de +2,15% no mês. Desde seu lançamento, em setembro de 2023, o fundo acumula um alfa de 13,82% sobre o IFIX.
Além da valorização dos ativos, a estratégia de giro também contribuiu para o resultado. Segundo a gestão, foram realizados R$ 53 mil em lucros com vendas de cotas de FIIs, além de R$ 2 mil provenientes de ações com perfil pagador de dividendos. No total, a receita do mês somou R$ 281 mil, com destaque para a combinação de rendimentos de CRIs e FIIs.
SNME11: alocação de FIIs vem ganhando espaço na carteira
A alocação em cotas de fundos imobiliários tem ganhado espaço gradualmente na carteira, refletindo o movimento de longo prazo do SNME11, que busca atingir 50% de exposição ao segmento.
Atualmente, a maior parte dos recursos segue direcionada para CRIs, mas o avanço da participação dos FIIs já tem impacto significativo nos resultados mensais.
Em termos de liquidez, o fundo movimentou cerca de R$ 35 mil por dia no mercado secundário em março e expandiu sua base de cotistas, alcançando aproximadamente 3.754 investidores.
Investimentos e carteira do FII
Sobre a política de investimentos, o SNME11 adota uma estratégia flexível que permite diversificar a aplicação dos recursos em diferentes classes de ativos imobiliários.
Essa abordagem multiestratégica confere ao fundo maior autonomia para buscar oportunidades em variados segmentos do setor.
Boa parte do capital do SNME11 segue alocada em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), embora a equipe gestora esteja implementando, de forma gradual, um reposicionamento da carteira com o objetivo de atingir a marca de 50% do patrimônio investido em cotas de outros fundos imobiliários.
