O SNEL11, fundo imobiliário da Suno Asset com foco na gestão de usinas fotovoltaicas, fechou em sua cotação máxima ajustada nesta terça-feira (15), a R$ 8,59, alta de 1,09% em relação ao fechamento da véspera, a R$ 8,50. Durante o pregão, as cotas chegaram a ser negociadas em R$ 8,61.
A distribuição de dividendos do SNEL11 será realizada no dia 25, de acordo com a posição dos investidores ao final do pregão desta terça. Quem comprar os papéis do fundo a partir desta quarta-feira (16) só fará jus aos rendimentos se mantiver a posse das cotas até a próxima Data Com, em agosto.
Atingir a máxima ajustada no dia de fechar a listagem de beneficiários dos rendimentos é mais uma amostra do interesse do mercado pela tese do SNEL11, que tem apresentado ao longo dos últimos meses outros sinais de valorização, como os recordes de liquidez obtidos nos últimos dias e o aumento da base de investidores, que passou de 30 mil.
Para a Suno Asset, a procura sinaliza que investidores enxergam o SNEL11 como um ativo que vai além do ambientalmente correto. Trata-se de um produto maduro, que vem entregando rentabilidade consistente nos últimos meses ao atuar num segmento que se mostra historicamente muito consistente, a geração distribuída de energia elétrica renovável, em meio a um cenário de transição energética.
Para ilustrar a consistência, vale destacar que esta será a 13ª distribuição consecutiva de dividendos de R$ 0,10 por cota, desde o desmembramento de cotas do fundo, no meio do ano passado. Esse valor representa um dividend yield anualizado acima de 14%.
SNEL11: de onde vem a receita para os dividendos?
Como fundo imobiliário, o SNEL11 detém um portfólio de usinas fotovoltaicas espalhadas por seis diferentes Estados e sua receita vem da locação dos empreendimentos para empresas que usam essa energia para baratear seu próprio consumo.
Uma parte dessas usinas foi construída com capital obtido na oferta inicial (IPO) do fundo e na segunda oferta de emissão de cotas. Os recursos da terceira emissão, concluída no primeiro semestre deste ano, foram usados para a compra de usinas prontas, em transações vistas pela Suno Asset como um modelo mais oportuno à alternativa da construção, diante de um cenário de juros altos.
O portfólio ainda não alcançou sua total capacidade de receita. Os empreendimentos construídos com os recursos captados na segunda oferta de emissão de cotas estão em processo de ramp-up ou aguardando conexão à rede elétrica local, e parte dos projetos adquiridos com a verba da terceira emissão de cotas ainda não iniciaram a geração de caixa para o fundo.
Mesmo assim, o SNEL11 registrou em maio sua maior receita imobiliária desde a listagem, com R$ 1,554 milhão, de acordo com o relatório gerencial divulgado pela Suno Asset.