SNAG11 renova máxima e se fortalece como fonte de crédito para o agronegócio
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O SNAG11, fFiagro de crédito da Suno Asset, voltou a registrar sua máxima histórica ajustada por proventos nesta quarta-feira (5), reforçando o papel dos Fiagros na conexão entre o campo e o mercado de capitais. Em outubro, o fundo esteve entre os mais negociados do segmento, sinalizando crescente interesse do investidor por crédito agro com lastro robusto e gestão ativa.
No mês, o SNAG11 movimentou R$ 37,150 milhões, com liquidez média diária de R$ 1,615 milhão, segundo a Economatica com base em dados da B3. Para analistas, esse desempenho combina cenário setorial favorável e percepção de risco controlado na carteira. A Suno Asset ressalta disciplina na originação e monitoramento dos créditos, com foco em bons pagadores e garantias sólidas.
O analista João Vitor Franzin destaca que a elevação do padrão de vida global impulsiona a demanda por proteína animal. Esse movimento tende a beneficiar o Brasil pela capacidade de ampliar produtividade e área agricultável com tecnologia e infraestrutura. A maior procura por carne exige mais soja e milho para ração, fortalecendo cadeias integradas e oportunidades de financiamento.
SNAG11: demanda global por proteína animal impulsiona setor
“A partir do momento que uma população supera renda média per capita de US$ 2 mil, cresce o consumo de carne vermelha”, diz Franzin, o que amplia a necessidade de insumos. O Brasil, com vasto potencial de expansão produtiva, posiciona-se de forma estratégica nesse ciclo, aproveitando escala, clima e know-how.
Os gestores da Suno Asset afirmam que o SNAG11 mantém 100% de adimplência, evidenciando a seletividade na concessão de crédito. Esse rigor mitigou impactos após a onda de recuperações judiciais no agronegócio, que atingiu parcela pequena do setor, apesar do barulho nos números absolutos.

Durante aquele período, alguns Fiagros sofreram com atrasos e reduziram proventos. “Teve gente que foi de sapato para a roça e concedeu crédito a quem não podia pagar”, afirma José Eduardo Daronco. “A gente vai de botina.” O fundo soma patrimônio líquido de R$ 620,6 milhões, com operações a CDI + 3,69% e duration média de 4,8 anos, favorecendo projetos de investimento.
No último relatório, o Fiagro registrou receitas de R$ 8,193 milhões e despesas de R$ 488,77 mil em setembro. Distribuiu R$ 0,12 por cota (R$ 7,288 milhões), equivalente a dividend yield anualizado de 16,18%, novo patamar de distribuição, amparado por Selic elevada e reservas. Para Daronco, o SNAG11 oferece resiliência em ambiente de juros altos, com renda previsível e exposição a um setor essencial.