Os dados da inflação oficial divulgados na manhã desta terça-feira (11) reiteram o momento positivo da economia brasileira e reflete no otimismo dos agentes do mercado, que já apostam em um corte na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), nos dias 1 e 2 de agosto.
O IPCA divulgado hoje mostrou uma deflação de 0,06% no mês de junho e uma inflação acumulada em 3,16% nos últimos 12 meses encerrados em junho. A notícia positiva vem do grupo de Alimentação e Bebidas, que está em queda e este momento deve durar mais tempo. Já o sinal amarelo deve ser ligado para o setor e serviços, em alta.
Diante desse impasse, a maioria das casas de análise trabalha com a hipótese do Copom, chefiado por Roberto Campos Neto, iniciar o ciclo de corte nas taxas de juros já em agosto, uma vez que está havendo ancoragem das expectativas com o IPCA projetado pelo Focus em queda há oito semanas.
Para cinco dos seis analistas consultados pela Suno, a taxa Selic deve ser cortada em 0,25 ponto percentual em 2 de agosto, caindo para 13,50% ao ano.
O economista Andre Perfeito, no entanto, acredita que apesar de não ser consensual, existe espaço para que o início do corte dos juros seja mais forte que 0,25 ponto percentual.
“Levando em conta o estilo da atual diretoria, o BC tende a ser mais incisivo nos seus movimentos”, afirmou Perfeito.
O economista lembrou a atuação durante o governo Bolsonaro, quando o Copom cortou a Selic mais forte que o mercado esperava, subiu mais do que o mercado estimava e depois deixou de lado por mais tempo que o mercado projetava.
“Não vejo motivo para que não [os integrantes do Copom] iniciem o corte de juros com 50 pontos base fazendo que a taxa básica chegue a 11,75% ao final do ano”, completou sobre a Selic.
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