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Rússia diz que vai reduzir radicalmente ataques a Kiev

Rússia e Ucrânia. Foto: Pixabay

Rússia e Ucrânia. Foto: Pixabay

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta terça-feira (29) que vai recuar e reduzir “drasticamente” a atividade militar em volta de Kiev e Tchernihiv, no norte da Ucrânia.

O vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, afirmou que Moscou ainda vai revelar mais sobre a decisão e também a respeito das negociações, após o retorno da delegação russa ao país.

“Para fortalecer a confiança mútua e criar condições necessárias para negociações futuras e alcançar o objetivo final de assinar um acordo, tomamos a decisão de reduzir radicalmente e por uma ampla margem as atividades militares nas direções de Kiev e Chernihiv”, declarou Fomin.

Tais informações foram divulgadas ao público após a nova rodada de negociações realizada entre Rússia e Ucrânia em Istambul, na Turquia, ter sido finalizada. Os representantes dos países tentavam colocar fim a mais de um mês de ataques russos ao território ucraniano.

A Ucrânia sugeriu adotar a neutralidade: o país não poderia fazer parte de alianças militares, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), assim como não hospedaria bases militares dentro de seu território. Em troca, os negociadores do país pediram garantias de segurança a Kiev.

Além disso, houve a inclusão de um período de consulta de 15 anos a respeito do status da Crimeia anexada na proposta, caso haja um cessar-fogo integral.

Negociadores afirmaram que seria divulgado ainda nesta terça um documento comum com as conclusões do encontro. O principal negociador russo, Vladimir Medinsky, ressaltou que a redução nos ataques não implica necessariamente em um cessar-fogo.

Principais pontos entre Ucrânia e Rússia para o cessar-fogo

As delegações da Rússia e Ucrânia se reuniram na Turquia para debater os pontos principais para os ucranianos:

Foram recebidos pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que pediu o fim da guerra. “O mundo inteiro espera boas notícias”, disse o líder turco aos negociadores.

Na semana anterior, a negociação acabou sem uma conclusão entre as partes nos principais pontos, mas, no último domingo (27), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o país estava “pronto” para a neutralidade.

“As conversas que acontecem agora focam em questões importantes. Uma delas são as garantias internacionais de segurança para a Ucrânia e a segunda é o cessar-fogo para que possamos resolver problemas humanitários que se acumularam no país”, disse o conselheiro político do governo da Ucrânia Mykhailo Podolyak. “Com esse acordo seremos capazes de dar um fim à guerra”.

Do lado da Rússia, Medinsky disse na televisão estatal do país antes das conversas que os dois lados devem produzir uma declaração conjunta. A delegação enviada pelo Kremlin vai exigir da Ucrânia garantias de neutralidade.

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