Iniciado na gestão Sarney, terminal da Rumo (RAIL3), concessionária da Ferrovia Norte-Sul, é inaugurado

Com quase 40 anos em obras, o terminal da Rumo (RAIL3), concessionária da Ferrovia Norte-Sul, em Rio Verde, Goiás, será inaugurado. A cidade é um dos principais polos do agronegócio na região Centro-Oeste.

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O evento, que conta com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marca a conclusão das obras dessa importante ligação ferroviária, considerada a espinha dorsal do sistema de transporte sobre trilhos do Brasil. A ferrovia, que possui 2.257 quilômetros de extensão, conecta os portos de Itaqui, no Maranhão, e Santos, em São Paulo, atravessando quatro regiões.

Em nota oficial, o governo federal divulgou a inauguração com palavras de otimismo sobre desenvolvimento econômico e geração de empregos: “A conclusão permite que três estados com forte produção de commodities – como soja, milho e algodão – tenham saída para seus produtos pelo mar. Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais ganham competitividade no momento de exportar seus produtos, seja pelo litoral da Região Sudeste ou pelo Norte do país. Como resultado prático, desenvolvimento e geração de emprego para todo o novo corredor logístico”.

A cerimônia em Rio Verde está programada para as 10h30 e contará com a presença do presidente Lula, do ministro dos Transportes, Renan Filho, autoridades federais, estaduais e municipais, bem como representantes da Rumo (RAIL3).

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Histórico da Ferrovia Norte-Sul

A construção da Ferrovia Norte-Sul foi iniciada em 1986, na gestão Sarney, mas avançou pouco nas primeiras décadas. Somente a partir de 2007, durante o segundo mandato de Lula, recebeu investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ganhando impulso. Na época, o trecho de Açailândia, no Maranhão, a Porto Nacional, no Tocantins, foi concedido à VLI Logística para operação.

A empresa Rumo passou a gerir o trecho centro-sul da ferrovia, que se estende de Porto Nacional a Estrela D’Oeste, em São Paulo, em uma extensão de 1.537 quilômetros. No interior de São Paulo, a ferrovia conecta-se à Malha Paulista, estendendo-se até o litoral.

Nos últimos quatro anos, a Rumo construiu três terminais em São Simão e Rio Verde, em Goiás, e em Iturama, Minas Gerais. A empresa investiu R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante. Além dos terminais, várias outras obras de infraestrutura atreladas à conclusão da ferrovia foram precisas, como quatro pontes entre Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Além disso, foi preciso conectar algumas áreas com centenas de quilômetros de trilhos e inúmeros pátios, como entre as Malhas Central e Paulista na cidade de Estrela D’Oeste.

Aproveitamento ferroviário no Brasil

O modal ferroviário recebeu mais de R$ 141,9 bilhões em investimentos ao longo das últimas décadas, informou a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). Contudo, ele ainda representa cerca de 21,5% do transporte de carga no país, um percentual ainda abaixo de outros países com proporção continental, como Rússia (81%), Canadá (34%), Estados Unidos (27%) e Austrália (55%).

Em 2021, a ANTF apontou que mais de 93% do minério de ferro exportado chegou aos portos brasileiros por meio de ferrovias. São nos trilhos que ocorre o transporte de mais de 49% dos granéis sólidos agrícolas exportados e outros produtos, como:

  • 53% do transporte de açúcar é escoada em ferrovias;
  • 58% da produção de milho;
  • 46% do volume exportado do complexo de soja (soja e farelo).

Com informações de Agência Brasil.

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Camila Paim

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