Grana na conta

Rumo (RAIL3) recebe multa de R$ 247,1 milhões do Cade

A Rumo (RAIL3) recebeu multa de R$ 247,1 milhões do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por abuso no mercado de logística. A informação foi divulgada nessa quarta-feira (3).

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Segundo o Cade, a Rumo estava usando sua posição dominante para dificultar a atuação de suas concorrentes no setor de transporte ferroviário na exportação de açúcar.

Apesar de a multa ter sido aplicada hoje, a punição é referente a uma investigação que teve início em 2016, quando a empresa Agrovia alegou que a companhia dificultava o uso da Malha Paulista, controlada pela Rumo. A Agrovia alega que precisou encerrar as atividades, pois dependia do trajeto.

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Investigações feitas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontaram que uma das dificuldades implementadas pela Rumo foi a interdição do pátio de Santa Adélia, em São Paulo. Com isso, a Agrovia não pode atender seus clientes durante a entressafra.

Por volta das 16h de hoje, a ação da Rumo (RAIL3) operava em forte alta de 5,07%, valendo R$ 17,40. No acumulado deste ano, contudo, o papel da companhia acumula uma queda de 9,67%, frente ao fechamento a R$ 19,24 ao final de dezembro de 2020.

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Veja também:

Justiça nega à Rumo pedido para interromper autorização de ferrovias à VLI

Expondo uma disputa por novos trechos ferroviários, a Rumo foi à Justiça para tentar paralisar o processo de autorização de novas ferrovias solicitadas pela empresa VLI, que coincidem com os segmentos que a Rumo também manifestou interesse em construir.

O pedido, no entanto, foi negado no último dia 19 de outubro, pela Seção Judiciária do Distrito Federal. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que a Rumo não conseguiu demonstrar ilegalidade nos critérios adotados pelo poder concedente e emendou afirmando que, “pelo contrário, ao que tudo indica”, a empresa pretende “adequar os critérios da Administração a sua conveniência”.

O imbróglio envolvendo as duas empresas começou no início do mês, quando a Rumo apresentou ao Ministério da Infraestrutura pedidos de autorização para construir duas ferrovias cujos traçados já haviam sido requisitados pela VLI. A situação revelou as primeiras disputas entre empresas a partir do novo regime ferroviário privado, autorizado por Medida Provisória em agosto. Os trechos alvos de interesse são entre as cidades de Lucas do Rio Verde (MT) e Água Boa (MT), e entre Chaveslândia (MG) e Uberlândia (MG).

Com informações do Estadão Conteúdo

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Laura Moutinho

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