Reino Unido pode encarar escassez de alimentos no pós-Brexit, diz Tesco

O presidente do conselho da Tesco, maior cadeia de supermercados do Reino Unido, John Allan, alertou nesta sexta-feira (16) para o perigo de escassez no curto prazo de alguns alimentos, no período após a transição para a saída do país da União Europeia (UE), previsto para terminar em janeiro.

“Não podemos descartar a possibilidade de que, se houver deslocamento nos portos de entrada do Reino Unido, haverá certa escassez de alguns itens de alimentos frescos, pelo menos por um curto período”, advertiu o executivo, em entrevista à Bloomberg Television.

Allan afirmou esperar que quaisquer interrupções se “normalizem rapidamente” e salientou que não existe necessidade para pânico ou que consumidores passem a estocar produtos em casa. “A cadeia de abastecimento para alimentos do país continuará, mas talvez teremos que aprender a viver sem algumas coisas por algumas semanas, possivelmente alguns meses”, declarou.

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Para o presidente da Tesco, a perspectiva de dificuldades nos pontos de entrada de produtos no Reino Unidos ocorre em meio ao “pior momento possível para o setor de alimentos”. O processo de saída do país do mercado único e da união aduaneira segue depois do agitado período do Natal, quando os depósitos dos supermercados estão cheios de produtos voltados para o feriado e há “muito pouca capacidade extra para estocar”.

Supermercado do Reino Unido trabalham para criar estoque

Dessa forma, o executivo afirmou que a cadeia de supermercados Tesco, assim como outras empresas de varejo, têm trabalhado para criar “o máximo de estoque possível” e tentar mitigar quaisquer cortes de fornecimento no mês de janeiro.

O setor de varejo do Reino Unido tem pressionado o governo britânico para chegar a um acordo com a UE, que ainda se coloca como o maior parceria comercial do país. De acordo com a British Retail Consortium, cerca de 80% dos alimentos importados vendidos em supermercado são provenientes do bloco europeu.

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Arthur Guimarães

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