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Empresários consideram reforma da Previdência como aprovada

reforma da Previdência

O ministro da Economia, Paulo Guedes falou com empresários sobre a reforma da Previdência. (divulgação)

Empresários de diversos setores da economia já consideram a aprovação da reforma da Previdência em 2019 como fato consolidado. A postura otimista da classe empresarial pôde ser notada após a reunião entre secretário de Produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, e 45 entidades ligadas à indústria, comércio e serviços.

Um manifesto foi entregue ao secretário no encontro, em apoio à reforma da Previdência, intitulada “Nova Previdência” pela equipe  do ministro da Economia, Paulo Guedes. As informações são do “Valor Econômico”.

Otimismo dos empresários sobre a reforma da Previdência

De acordo com os empresários, o novo foco de atenção seria o valor da economia. A classe empresarial refere-se à economia que será feita após o conjunto de ajustes nas regras previdenciárias entrarem em vigor. Outro foco seriam as demais reformas, como a reforma tributária.

“A gente não tem mais dúvida, eu já quero saber é da tributária”, declarou Synésio Batista da Costa. O empresário é presidente da Abrinq (associação dos fabricantes de brinquedos).

“A reforma da Previdência é agenda velha, da época do Fernando Henrique, Lula e Dilma. Nós precisamos virar essa página. E para virar essa página é fundamental que saia”, afirmou José Ricardo Roriz, presidente da Abiplast (associação da indústria do plástico). Roriz também é vice-presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

“O Congresso é muito mais favorável do que parece. Nós que andamos em Brasília, [vemos que] não há objeção. Dá uma sensação de que a reforma passa com uma certa facilidade”, opinou Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (de bares e restaurantes).

“A reforma da Previdência, quando você conversa com o deputado, quando conversa com as frentes [parlamentares], quando conversa com cidadão, ela já é dada como passada. Nós queremos saber é o tamanho dela. E esse tamanho eu também acho que está muito bem ancorado em R$ 1 trilhão“, acrescentou Solmucci.

Saiba mais – Bolsonaro: ‘casamento’ com Paulo Guedes está ‘mais forte que nunca’

Legislativo x Executivo

Um grupo de deputados decidiu apresentar um novo projeto de reforma da Previdência. Desta forma, o grupo descarta o texto enviado pelo governo. O grupo incluiria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

Segundo o deputado Marcelo Ramos, que é chefe na análise da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, a decisão foi tomada no último dia 16, na casa de Maia. Líderes do Centrão também participaram do encontro.

De acordo com Ramos, o motivo de apresentar uma nova proposta é político. Isto porque, a relação entre o Congresso e o Legislativo tem se desgastado rapidamente. “Este é um governo que desconsidera completamente o Parlamento”, declarou.

Na última sexta-feira (24), Ramos afirmou que a PEC Previdenciária não depende da permanência de Guedes no governo para ser realizada. A fala foi uma resposta à declaração do ministro, que se a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) se tornasse uma “reforminha”, renunciaria ao cargo.

Guedes encontra empresários

Guedes participou de almoço na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O encontro ocorreu na última quinta-feira (23) com empresários de setores diversos, como:

Eram cerca de 30 empresários, e o ministro afirmou que a descentralização dos recursos destinados pela União aos Estados vai ocorrer. As informações são da “Folha de S. Paulo”.

Em seguida, Guedes foi a evento na Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp). Reunido com os empresários, Guedes afirmou que a  reforma da Previdência será aprovada no Congresso dentro de 60 ou 90 dias.

Guedes especificou que o texto estará aprovado na Câmara em até 60 dias. Depois do recesso parlamentar, a PEC passará a tramitar no Senado.

Além da reforma da Previdência, o ministro foi indagado por empresários acerca da possibilidade de privatização da Caixa Econômica Federal (CEF). O economista admitiu que a possibilidade já não está mais nos planos. E que “esse é um assunto que gera uma grita muito grande” no funcionalismo e na administração pública federal.

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