A Vale (VALE3) fechou um novo acordo para comprar toda a participação de 45% da Cemig GT, que é uma empresa controlada pela Cemig (CMIG4), na Aliança Energia, companhia de capital fechado. O valor da aquisição é de R$ 2,7 bilhões.
Conforme comunicado pela Vale nesta quarta-feira (27), a transação ainda está sujeita à aprovação em assembleia geral de investimentos da Cemig GT.
Além disso, a operação também precisa superar as condições precedentes que são associadas a esse tipo de acordo, o que inclui a anuência de órgãos competentes. Depois da conclusão do negócio, a Vale será dona de 100% do capital da Aliança Energia.
A Vale destaca que a decisão se baseia em um cenário que inclui o plano de desinvestimento da Cemig GT, que ficou público no ano de 2020.
“Na condição de sócia no empreendimento e considerando que a Vale utiliza, atualmente, a maior parte da energia gerada pela Aliança Energia, a companhia optou por exercer seu direito preferencial de aquisição”, explica o comunicado.
A mineradora ainda diz que o volume gerado pela Aliança Energia é “estratégico na manutenção da matriz energética baseada em fontes renováveis da Vale no Brasil”.
O conjunto de ativos da Aliança Energia voltados a geração de energia elétrica inclui 7 usinas hidrelétricas localizadas em Minas Gerais, assim como 3 parques eólicos localizados nos estados Rio Grande do Norte e Ceará, que somam uma capacidade instalada de 1.438 Megawatts (MW) e uma média de 755 MW de garantia física.
A Vale considera que a compra de participação na Aliança Energia é relevante para criar uma plataforma no setor energia, que eventualmente poderá contemplar os demais ativos da mineradora.
Depois que a Vale concluir esse investimento, ela pretende buscar por eventuais parceiros que possam se alinhar a essa plataforma, e afirma que manterá “seu compromisso com a descarbonização de suas operações a partir de fontes renováveis e com custos competitivos”.
Além de Vale, confira outros destaques desta quarta-feira:
Taesa (TAEE11) vai distribuir R$ 1,3 bilhão em debêntures
- A Taesa (TAEE11) fará uma emissão de debêntures da ordem R$ 1,3 bilhão, conforme comunicado ao mercado divulgado na quarta-feira (20).
- Com isso, serão emitidas 1,3 milhão de debêntures da Taesa, com valor unitário nominal de R$ 1.000.
- Esta é a 15ª emissão de debêntures da TAEE11, e vai ser feita em duas séries.
- Segundo o comunicado da companhia ao mercado, a data máxima para divulgação do encerramento e liquidação financeira da oferta é dia 19 de abril.
- Os pagamentos serão realizados semestralmente, sempre no dia 15 dos meses de março e setembro. As debêntures iniciam o pagamento neste ano, em 15 de setembro de 2024, e vão até 2028 para a primeira leva e até 2033 para a segunda.
- Já a data limite para a disponibilização do Anúncio de Encerramento será no dia 19 de outubro de 2024.
- A XP Investimentos (XPBR31) atuará como coordenador líder da ofertas.
- A oferta de debêntures da companhia é destinada exclusivamente a investidores profissionais.
- A oferta da Taesa acontece sob o rito de registro automático de distribuição, nos termos dos artigos 25 e 26, inciso IV, alínea “a”, da Resolução CVM 160, por se tratar de oferta pública de debêntures não-conversíveis em ações.
JBS (JBSS3): apesar de queda no lucro, BB-BI vê perspectivas favoráveis; confira recomendação
- A JBS (JBSS3) viu seu lucro despencar 96,5% no 4T23, com um resultado de R$ 82,6 milhões. Para o BB Investimentos, os números reportados foram fracos, mas mostraram perspectivas futuras mais favoráveis para a companhia.
- Segundo o BB-BI, algumas linhas vieram acima das estimativas da research para o 4T23, como a receita líquida consolidada da JBS, que teve crescimento de 3,7% a/a, para R$ 96,3 bilhões, e o lucro bruto, que atingiu R$ 11,1 bilhões, alta de 3,8% na base anual.
- Já o Ebitda ajustado (forma de Ebitda que exclui lucros e despesas não recorrentes) consolidado ficou relativamente em linha com as projeções do BB-BI, em R$ 5,1 bilhões (+11,6% a/a), com margem de 5,3% (+0,4 p.p. a/a), enquanto o lucro líquido retraiu 96% na comparação anual, para R$ 83 milhões.
- “Embora a rentabilidade operacional tenha permanecido aquém do potencial da companhia, o fluxo de caixa livre da JBS atingiu R$ 4,3 bilhões, revertendo o acumulado negativo do restante do ano e totalizou R$ 1,9 bilhão em 2023”, apontam os analistas.
- Outro destaque foi a redução da alavancagem financeira, que passou do patamar dos últimos anos de 4,84x dívida líquida/EBITDA no 3T23 para 4,32x no 4T23, como reflexo da redução da dívida bruta em R$ 12 bilhões e da dívida líquida em R$ 6 milhões.
- Dessa forma, o BB-BI mantém recomendação de compra para as ações da JBS (JBSS3), com preço-alvo de R$ 32, um potencial de valorização de 42%.
- “Apesar da persistência de alguns desafios, principalmente na maior unidade de negócios da empresa (JBS Beef North America), cujos números deverão continuar enfraquecidos em função do ciclo desfavorável de gado na região, entendemos que a perspectiva de melhora gradual do cenário para os demais negócios que têm performado aquém do potencial (Seara e Pilgrin’s), e a continuidade do bom momento para bovinos no Brasil e das operações da Austrália, poderá se refletir no desempenho do papel”, cita o banco.
Lucro da Oncoclínicas (ONCO3) cai 10,2% no 4T23, para R$ 87 milhões
- A Oncoclínicas (ONCO3) obteve um lucro líquido de R$ 87 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), uma redução de 10,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Sem o efeito não monetário da avaliação do valor justo do plano de incentivo de longo prazo, o lucro teria sido de R$ 98,7 milhões.
- “Foi um ano bastante impactado pelas altas taxas de sinistralidade para os planos e operadoras de saúde. Isso tem pressionado o fluxo de caixa de grande parte das fontes pagadoras”, explica o CEO da empresa, Bruno Lemes Ferrari.
- A receita da Oncoclínicas no 4T23, por outro lado, aumentou em 17,9% no mesmo período, atingindo R$ 1,43 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), alcançando R$ 247,9 milhões, teve um crescimento anual de 5,6%. As despesas operacionais em dinheiro da empresa aumentaram 4,7% durante o ano, totalizando R$ 240,1 milhões.
- No quarto trimestre, segundo o balanço da Oncoclínicas, houve um aumento de 13,1% no número de procedimentos, totalizando 164,6 mil. O ticket médio também cresceu 5,2% nesse período.
Amazon (AMZO34) investe mais US$ 2,75 bilhões na startup de IA Anthropic
- A Amazon (AMZO34) informou nesta quarta-feira que está investindo US$ 2,75 bilhões adicionais na Anthropic, ampliando seu aporte total na startup de inteligência artificial para US$ 4 bilhões.
- A Amazon manterá uma participação minoritária na Anthropic, com sede em São Francisco, e que concorre com a OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT.
- “A inteligência artificial generativa está preparada para ser a tecnologia mais transformadora do nosso tempo e acreditamos que a nossa colaboração estratégica com a Anthropic irá melhorar ainda mais as experiências dos nossos clientes e estamos ansiosos pelo que vem pela frente”, disse Swami Sivasubramanian, vice-presidente de dados e IA da AWS, subsidiária de computação em nuvem da Amazon.
- A gigante da tecnologia, com sede em Seattle, fez um investimento inicial de US$ 1,25 bilhão na Anthropic em setembro e indicou então que tinha planos de investir até US$ 4 bilhões.
- As duas empresas estão colaborando no desenvolvimento dos chamados modelos de base, que sustentam os sistemas generativos de IA.
- Pelo acordo, a Anthropic usará a AWS como seu provedor de nuvem “primário”, além de chips personalizados da Amazon para construir, treinar e implantar modelos de IA. Também fornecerá aos clientes da AWS, que em sua maioria são empresas, acesso ao Amazon Bedrock, plataforma que permite construir aplicações generativas alimentadas por IA através de modelos pré-treinados. Em seu anúncio na quarta-feira, a Amazon disse que empresas como Delta Air Lines e Siemens já usam o Bedrock para acessar os modelos de IA da Anthropic.
- O investimento da Amazon é o exemplo mais recente de como as grandes empresas de tecnologia estão gastando em startups de inteligência artificial em meio ao crescente interesse público e empresarial pela tecnologia. No início deste ano, os reguladores antitruste dos EUA disseram que estavam revendo esses investimentos.
Odontoprev (ODPV3) pagará JCP milionário; veja
- A Odontoprev (ODPV3) vai pagar R$ 22,7 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado hoje.
- O valor dos proventos por ação da Odontoprev será de R$ 0,04, que serão pagos em 21 de agosto de 2024.
- Apenas os investidores com ações da Odontoprev no dia 1º de abril terão direito de receber os rendimentos.
- A partir do dia 2 de abril as ações ODPV3 serão negociadas sem direito aos JCP.
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em R$ 0,0350449080 por ação.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), devido ao Programa de Recompra em vigor aprovado em 28 de fevereiro de 2024, o valor do JCP por ação poderá ser alterado.
- Além disso, os juros sobre o capital próprio, líquidos do imposto de renda na fonte serão imputados aos dividendos obrigatórios relativos ao exercício de 2024.
Casas Bahia (BHIA3) perde R$ 2,6 bilhões em 2023 com reestruturação
- O grupo Casas Bahia (BHIA3), antiga Via, registrou prejuízo de R$ 1 bilhão no quarto trimestre, 513,5% maior do que as perdas no mesmo período de 2022.
- Esse foi o sexto trimestre consecutivo em que o resultado líquido da Casas Bahia foi negativo. A última vez em que registrou lucro foi no segundo trimestre de 2022 – de R$ 16 milhões. No ano de 2023, o prejuízo acumulado chegou a R$ 2,62 bilhões, ante perda de R$ 342 milhões no ano anterior.
- No comunicado que acompanha o balanço, a varejista diz que os números vieram ainda impactados por ajustes do seu plano de transformação.
- “O quarto trimestre de 2023 marca a continuidade do plano de transformação apresentado no segundo trimestre de 2023 e reforça a alta capacidade de entrega das iniciativas, que seguem dentro do planejado e terão captura gradual ao longo de 2024 e 2025”, diz a empresa.
- De acordo com o presidente da Casas Bahia, Renato Franklin, a empresa executou até agora cerca de 35% do plano de transformação.
- O maior impacto dos ajustes da reestruturação recaíram justamente sobre o trimestre passado e no imediatamente anterior, segundo o executivo.
- “Não enxergamos os níveis de impacto daqui para frente. O primeiro trimestre de 2024 já vem muito mais limpo. Por isso, falamos para o mercado que olhar o início de 2024 será enxergar um carro com motor novo”, disse Franklin, em teleconferência com investidores.
- As receitas brutas tiveram queda de 15,5% em relação ao quarto trimestre de 2022, fechando em R$ 8,8 bilhões. E o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi negativo em R$ 163 milhões, recuo de 74% ante um ano antes.
Weg (WEGE3): BTG avalia notícia sobre paralisação de produção de turbinas eólicas e define recomendação para as ações
- Em seu relatório mais recente sobre a Weg (WEGE3), após questionamento por parte de investidores, o BTG Pactual (BPAC11) comentou sobre uma matéria veiculada pelo jornal Valor Econômico de que a fabricante de equipamentos catarinense vai paralisar temporariamente a produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul.
- Segundo a publicação, a paralisação de produção de turbinas eólicas da Weg se dará a partir do segundo semestre de 2024, e tem como motivo a baixa demanda por equipamentos no Brasil, associada à sobre oferta no mercado de energia.
- Ao Valor, o diretor superintendente da Weg Energia, João Paulo Gualberto da Silva, explicou que o setor passa por dificuldades e há mais de um ano nenhuma fabricante fecha contrato no Brasil.
- Ainda de acordo com o jornal, o executivo informou que a empresa não precisará demitir funcionários, já que o negócio de energia eólica da Weg representa pouco dentro do portfólio da companhia.
- Disse também que apesar da produção interrompida, a fábrica da Weg continua produzindo geradores, motores e turbinas hidráulicas para negócios relacionados a outros projetos, e o pessoal deve ser realocado para outras áreas.
Da Vale à JBS, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.
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