Radar: Marisa (AMAR3) fará grupamento de ações, banco recomenda venda das ações do IRB (IRBR3) e CVC (CVCB3) despenca na Bolsa após rali

Conselho de Administração da Marisa (AMAR3) aprovou, por unanimidade e sem restrições, o grupamento de ações da empresa na razão de 5 para 1.

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A medida visa atender os critérios da B3, a bolsa de valores, dado que as ações da Marisa estão abaixo de R$ 1 por um tempo considerável e isso contraria as normativas atuais.

O processo engloba as 342.842.912 ações ordinárias – negociadas sob o ticker AMAR3 – de emissão da companhia.

Apesar de já aprovada pelo conselho, a proposta deve ainda passar pelo crivo de uma assembleia geral extraordinária (AGE).

Já na reunião do Conselho, os executivos e conselheiros da empresa aprovaram a convocação da AGE.

Em ocasiões passadas, a companhia já havia destacado que estudava caminhos para enquadrar seus papéis nos critérios da bolsa de valores.

O preço de fechamento das ações no pregão desta quinta-feira (31) foi de R$ 0,67, acumulando então uma desvalorização de 46,4% desde o início do ano de 2023.

Além de Marisa, confira outros destaques desta quinta-feira:

“No caminho certo, mas…” IRB (IRBR3): BTG diz que recuperação será lenta e recomenda venda das ações

  • Após participar do Investor Day da IRB (IRBR3), o BTG Pactual afirma que a empresa está caminhando na direção correta, mas não espera que a recuperação seja rápida. Com isso, o banco reiterou recomendação de venda das ações.
  • “O IRB ainda está encolhendo, o que é prejudicial para os números de subscrição (principalmente diluição de custos) e porque prejudica sua capacidade de gerar, reinvestir prêmios e obter resultados financeiros”, diz a equipe do BTG.
  • Além disso, com a queda da Selic, analistas não preveem uma recuperação rápida na linha de resultados financeiros.
  • Durante o evento, de acordo com o BTG, Marcos Falcão, CEO da IRB, reiterou seu compromisso com a reestruturação da companhia e enfatizou três vantagens competitivas do IRB.
  • compreensão do mercado local,
  • decisões tomadas com autoridade local, enquanto os players internacionais frequentemente exigem aprovações de suas sedes no exterior
  • capacidade de absorver riscos.
  • Já o diretor de técnico da empresa, Daniel Volpe, citou que a estratégia de recuperação do IRB engloba uma rápida limpeza de portfólio, seguida por ajustes para aprimorar a qualidade do portfólio, melhorando as perspectivas de crescimento até 2024.
  • Além disso, a empresa reforçou a meta de derivar 80% de sua receita no Brasil e 20% na América Latina. “[os executivos] afirmaram que a maior parte da limpeza de portfólio está concluída. A questão recente foi a exposição ao resseguro rural na Ásia / Índia, enquanto uma parte do segmento de propriedades internacionais ainda precisa ser reduzida para atingir a meta de 80% de receita no Brasil”, diz o BTG.
  • Por fim, Falcão encerrou o Investor Day do IRB afirmando que nenhuma orientação para os resultados de 2024 seria fornecida, já que a IRB está nas fases iniciais de seu processo de orçamento.

CVC (CVCB3): após ‘rali de dois dias’, ações despencam 9,5%

  • CVC (CVCB3) enfrentou uma retração de 9,5% nos seus papéis durante o pregão desta quinta-feira (31) no Ibovespa, revertendo a tendência positiva dos dois dias anteriores.
  • As ações da CVC haviam subido com uma expectativa do mercado por um aumento do market share da empresa ante o pedido de recuperação judicial da 123Milhas.
  • O movimento desta quinta (31), assim, foi de correção.
  • Já durante os dois dias anteriores analistas destacavam um certo ceticismo com esse aumento do market share por parte da CVCB3, dado que seu público tende a ser diferente do da 123Milhas.
  • “Ontem, as ações da CVC já tiveram uma alta relevante. O mercado especula que ela será beneficiada, mas não sei se na prática isso vai acontecer. São públicos diferentes, os da CVC e os que eram da 123milhas. Mas, de toda forma, é bom para o setor como um todo, porque os preços vão ficar mais racionais”, pontuou Vitorio Galindo, head de análise fundamentalista da Quantzed.

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Samarco, da Vale (VALE3), tem recuperação judicial homologada

  • A Justiça homologou, ainda nesta quinta-feira (31), o plano de Recuperação Judicial da Samarco apresentado em julho. A companhia que tem a Vale (VALE3) como acionista – com 50%, ante outros 50% detidos pela BHP, que é sócia na joint venture.
  • A Samarco entrou com seu pedido de recuperação judicial em meados de abril de 2021. O pedido foi aceito ainda no mesmo mês pela 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte.
  • Em sua decisão judicial, o juiz Adilon Cláver de Resende dispensou a realizaçãod e assembleia geral de credores para que o plano possa ser aprovado.
  • Isso, levando em consideração que o plano teve participação dos credores em sua elaboração.
  • O plano foi praticamente aprovado totalmente, mas o juiz anulou uma cláusula em específico, que limitava o valor que a Samarco destinaria à Fundação Renova – que faz reparos aos atingidos na tragédia ambiental de Mariana (MG).
  • O ‘teto’ estipulado no plano era de US$ 1 bilhão.
  • Dentro do plano de recuperação judicial da Samarco, a companhia prevê que créditos trabalhistas preferenciais – que inclui os derivados da legislação do trabalho limitados a R$ 1,5 milhão decorrentes de acidentes – serão sempre pagos em parcela única.
  • A Samarco também terá de pagar seus créditos financeiros aos credores sempre em sua integralidade, juntamente com juros simples de 3% ao ano.
  • Os créditos que são de até R$ 85 mil serão pagos em uma única parcela, e os mais altos, em duas.

UBS (UBSG34) anuncia plano de redução de custos de US$ 10 bi e demissões de 3 mil funcionários

  • O grupo bancário UBS (UBSG34) anunciou, nesta quinta-feira (31), um plano de redução de custos de US$ 10 bilhões que engloba corte de três mil postos de trabalho em sua matriz na Suíça, informa a Reuters. O anúncio ocorre um ano após do banco ter adquirido o Credit Suisse (C1SU34).
  • Com isso, de acordo com a Reuters, serão cortados um em cada 12 empregos na Suíça. Um dos motivos da decisão é prosseguir com a decisão de absorver o braço local do Credit Suisse (C1SU34), única divisão do ex-rival que apresentou resultados positivos – em vez de cindi-lo.
  • “Nossa análise mostra claramente que uma integração total é o melhor resultado para o UBS e para a economia suíça”, disse o presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, à Reuters.
  • Depois do anúncio, as ações da UBS tiveram as maiores altas desde 2008.
  • No entanto, a decisão da absorção das operações do Credit Suisse é questionada na Suíça. Alguns analistas ouvidos pela Reuters avaliam que a cisão do Credit Suisse teria evitado um grande risco sistêmico ao país e diminuindo o impacto negativo sobre emprego e questões concorrenciais.

O que derrubou as ações da Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) no Ibovespa hoje?

  • As ações de Via (VIIA3) despencaram nesta quinta-feira (31) no Ibovespa, com o mercado repercutindo o anúncio feito pela dona das Casas Bahia de uma potencial oferta pública de distribuição primária de ações. Foi o segundo dia de queda da Via. Os papéis de Magazine Luiza (MGLU3) também cederam, após a S&P Global Ratings cortar a nota de crédito nacional da varejista.
  • No fechamento, as ações ordinárias de Via (VIIA3) caíram 4,51%, a R$ 1,27, enquanto os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) caíam 5,48%, a R$ 2,76.
  • “Via caiu com a proposta de aumento de capital, para captar dinheiro e melhorar a estrutura de capital. Com um maior número de ações disponíveis no mercado, o preço do papel recuou. Já Magazine Luiza cedeu com o corte da nota de crédito nacional pelo S&P Global. Papéis também sofrem com alta dos juros futuros hoje”, disse Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco.

Da Marisa à Via, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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