O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (15) que a proposta da equipe econômica para o novo arcabouço fiscal está no Palácio do Planalto. Contudo, ele não confirmou se a minuta de projeto de lei complementar já passou pelas mãos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Já está no Planalto”, respondeu aos jornalistas, ao retornar à sede da Pasta após acompanhar a posse do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jhonatan de Jesus.
A intenção de Haddad é tornar pública a modelagem de novo arcabouço fiscal antes da viagem presidencial à China, com embarque previsto para o dia 24 deste mês.
Equipe econômica acompanha crise do Credit Suisse
Haddad também disse que está acompanhando com sua equipe a crise no banco Credit Suisse. Questionado por jornalistas se ele havia entrado em contato com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para falar sobre o assunto, ele sinalizou positivamente.
O fato de que o principal acionista do Credit Suisse, o Saudi National Bank, descartou dar mais assistência financeira ao banco suíço detonou nesta quarta-feira nova onda global de aversão ao risco.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda disse que acompanhava os desdobramentos do fechamento do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, os maiores bancos americanos a quebrarem desde a crise de 2008.
Novo arcabouço fiscal será apresentado a Lula nesta semana
Ontem, após reunião ministerial no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda afirmou a jornalistas que deverá se reunir ainda nesta semana com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para apresentar o novo arcabouço fiscal.
Segundo Haddad o mandatário pediu a seus assessores que marquem uma agenda um horário para para que a equipe econômica apresente a proposta da nova âncora fiscal. Além de Lula, deverá estar presente na reunião o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
O ministro da Fazenda também apresentou ontem o novo arcabouço fiscal ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.
Com informações do Estadão Conteúdo