Grana na conta

PIB sobe 1,2% no 2º trimestre de 2022 ante três meses anteriores, afirma IBGE

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 1,2% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre do ano, informou nesta quinta-feira, 1, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam um avanço de 0,4% a 1,4%, mas acima da mediana, que era positiva em 0,9%.

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Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB apresentou alta de 3,2% no segundo trimestre de 2022, vindo dentro das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de uma elevação de 0,2% a 3,7%, com mediana positiva de 2,8%.

Ainda segundo o instituto, o PIB do segundo trimestre de 2022 totalizou R$ 2,4 trilhões.

O PIB da indústria subiu 2,2% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB da indústria mostrou alta de 1,9%.

O Produto Interno Bruto da agropecuária subiu 0,5% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre do ano. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB da agropecuária apresentou queda de 2,5%.

No setor de serviços, o PIB subiu 1,3% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB de serviços teve alta de 4,5%.

Alta do PIB no 2º trimestre ante 1º tri é a maior desde 4º trimestre de 2020

O crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, ante os três primeiros meses do ano, foi o maior nessa ótica de comparação desde o quarto trimestre de 2020. Naquela ocasião, quando a economia ainda experimentava o início da retomada após ser atingida em cheio pela pandemia de covid-19, o PIB cresceu 3,2% ante o trimestre imediatamente anterior. Os dados foram informados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pela ótica da demanda, o destaque foi o consumo das famílias, cujo avanço de 2,6% sobre o primeiro trimestre foi o maior também desde o quarto trimestre de 2020, quando houve crescimento, na margem, de 3,1%.

Já a formação bruta da capital fixo (FBCF) teve no segundo trimestre de 2022 o melhor desempenho, nas comparações com trimestres imediatamente anteriores, desde o primeiro trimestre de 2021. Nos três primeiros meses do ano passado, a FBCF cresceu 8,0% sobre o quarto trimestre de 2020.

A importação também teve o melhor desempenho desde o primeiro trimestre de 2021. O crescimento de 7,6% no segundo trimestre ante os três primeiros meses de 2022 foi o maior desde o salto de 11,9% verificado no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto de 2020.

Pela ótica da oferta, o destaque ficou com o PIB da indústria. O crescimento de 2,2% ante o primeiro trimestre deste ano foi o maior desde o terceiro trimestre de 2020. No primeiro trimestre de recuperação após o baque causado pela pandemia, o PIB da indústria havia saltado 14,7%, após o fundo do poço da crise sanitária, registrado no segundo trimestre de 2020.

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Revisões

O IBGE revisou o PIB do primeiro trimestre de 2022 ante o período imediatamente anterior, o quarto trimestre de 2021, que passou de +1,0% para +1,1%.

O órgão também revisou a taxa do PIB do quarto trimestre de 2021 ante o terceiro trimestre daquele ano de +0,7% para +0,8%.

Houve, ainda, uma revisão do PIB do segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre de 2021, de -0,2% para -0,3%.

PIB está 3,0% acima do período pré-pandemia

O avanço de 1,2% registrado no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022 fez o Produto Interno Bruto (PIB) do País ficar 3,0% acima do patamar do quarto trimestre de 2019, no período pré-pandemia de covid-19, segundo os dados das Contas Nacionais apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O PIB brasileiro alcançou o segundo maior patamar da série histórica, atrás apenas do pico alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Após quatro trimestres seguidos de avanços, o PIB está apenas 0,3% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014, ressaltou o instituto.

Alta no 2º tri confirma sustentação da atividade econômica, diz ministério

A alta de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano confirma a sustentação da atividade doméstica, de acordo com nota publicada nesta quinta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia. O órgão destaca que o resultado acumulado no primeiro semestre já coloca um carregamento estatístico de crescimento de 2,4% em 2022, mesmo que não haja mais variação no PIB na segunda metade do ano.

“Observa-se que o Brasil apresenta ritmo de crescimento da atividade econômica de forma mais rápida do que outros países, inclusive quando comparado a alguns países emergentes. Na amostra de países do G-20 e que já divulgaram seus resultados trimestrais, o Brasil apresentou o 2º melhor resultado na margem para o PIB do segundo trimestre”, compara o documento. “Cabe destacar que a continuidade da melhora da atividade local ocorre a despeito da deterioração nas projeções do PIB nas principais economias mundiais”, completa.

No último Boletim Macrofiscal da SPE, de julho, a equipe econômica elevou a projeção de crescimento do PIB de 2022 de 1,5% para 2,0%, patamar para o qual vem convergindo também as projeções de mercado, que começaram o ano mais pessimistas. A SPE deve atualizar essa projeção no boletim de setembro.

“Essa sequência de revisões reflete a visão de que as condições econômicas no Brasil estão resilientes, apesar das dificuldades impostas pelo cenário mundial que inclui a elevação recorde de custos de produção e de preços ao consumidor em todo o mundo”, avalia a SPE.

O órgão destaca ainda o avanço do setor de serviços, a recuperação da agropecuária após problemas climáticos e a retomada na produção de bens de capital, com impacto na indústria. “Observa-se elevação da taxa de investimento, alcançando patamar de 18,7% do PIB%, a maior observada para o segundo trimestre desde 2014”, acrescenta o documento.

A SPE observa ainda que o PIB acumulado em quatro trimestres é de 2,6%. “Desde 2021, a economia brasileira demonstra capacidade de sustentar a retomada da atividade após choques adversos, como a pandemia e elevação histórica da inflação mundial. O primeiro semestre de 2022 manteve o crescimento da atividade, apesar do ambiente de incerteza gerado pelos reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia”, completa o órgão.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Redação Suno Notícias

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