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Petróleo: Emirados Árabes vencem entrave com Arábia Saudita e Opep+ encontra acordo

Segundo a ANP, as companhias inscritas atendem todos os requisitos previstos no edital e estão aptas a participar da rodada - Foto: Unsplash

Segundo a ANP, as companhias inscritas atendem todos os requisitos previstos no edital e estão aptas a participar da rodada - Foto: Unsplash

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados concordaram em elevar a produção da commodity a partir de agosto. A decisão do cartel era aguardada semanas atrás, mas um entrave entre Emirados Árabes e Arábia Saudita atrasou os trabalhos.

Alguns países do cartel, liderados pela Arábia Saudita, defendiam o aumento da oferta até 2022 com a justificativa da sustentabilidade dos preços, que dispararam nas últimas semanas.

Os Emirados Árabes Unidos, por outro lado, não aceitavam a proposta. O país dizia concordar com um aumento da oferta no curto prazo, mas pedia melhores condições a partir do ano que vem, com aumento de sua cota de produção dentro de uma estrutura mais ampla da Opep+.

“Estamos felizes com o acordo”, disse o ministro de Energia dos Emirados, Suhail bin Mohammed al-Mazroui, em uma coletiva de imprensa neste domingo (18). O cartel também chegou a um importante acordo para os níveis de produção a partir de maio do ano que vem.

O ministro de Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, não respondeu a perguntas sobre como os integrantes do cartel chegaram ao acordo.

Opep enxerga chance da retomada da oferta de petróleo

Em 2020, quando a pandemia começou a impactar a demanda por petróleo, a Opep+ concordou em reduzir sua produção em cerca de 9,7 milhões de barris diários. Desde então, o grupo vem aumentando gradualmente a oferta da commodity.

A proposta feita no encontro deste mês, e que não foi acatada pelos Emirados Árabes, autorizava um aumento da produção em cerca de 400 mil barris por dia, nos últimos cinco meses do ano.

Com a reabertura das economias, principalmente no Hemisfério Norte, as estimativas para os preços da commodity dispararam nas últimas semanas.

Há quem diga que o petróleo será cotado a US$ 100 em 2022. Entretanto, as estimativas carregam ressalvas, que vão desde o crescimento já entregue das economias — perfazendo um upside limitado — até a contração da política monetária norte-americana.

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