Ícone do site Suno Notícias

Oferta de petróleo é ameaçada por conflito líbio

Os contratos futuros do petróleo operam em forte queda nesta quarta, pressionados pelo aumento da oferta pelo avanço da pandemia.

Os contratos futuros do petróleo operam em forte queda nesta quarta, pressionados pelo aumento da oferta pelo avanço da pandemia.

Depois que a estatal National Oil Corp. alertou sobre tentativas de interromper as vendas externas de petróleo da Líbia e apontar que a produção nacional da commodity pode cair 50%, os embarques do produto na Líbia foram suspensos em ao menos três portos. As informações são da agência de notícias “Bloomberg”.

No último sábado (18), conforme o portal de notícias Al Jazeera, a missão das Nações Unidas (ONU) na Líbia gerou grande preocupação em relação ao movimento para barrar a produção de petróleo do país, “o que pode ter consequências devastadoras para a população líbia, que depende do fluxo livre do petróleo para seu bem-estar”.

O alerta foi anunciado antes do encontro na Alemanha visando ao relançamento dos esforços de paz. No início da última semana, o general Khalifa Haftar, que comanda o autodeclarado Exército Nacional da Líbia, deixou as negociações em Moscou por um cessar-fogo entre suas forças e aquelas sob comando do primeiro-ministro líbio, Fayez al-Sarraj.

O governo de Sarraj tem reconhecimento mundial, mas controla apenas uma pequena parte da Líbia. Já Haftar controla a maior parte do país, incluindo a maioria dos campos de petróleo, segundo a “Deutsche Welle”, portal de notícias alemã.

Além dos conflitos internos, a intervenção estrangeira piora a situação. Os turcos apoiam o governo em Trípoli enquanto outras nações, como o Egito, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, apoiam Haftar, que também conta com suporte russo. Na zona europeia, o caso divide os integrantes do bloco, com a Itália, ao lado de Sarraj e a França, de Haftar.

O governo da Alemanha convidou Haftar e Sarraj para as conversar, neste domingo (19), acerca do petróleo, bem como os representantes e chefes de governo envolvidos de alguma forma no caso, como Rússia, Turquia, França, Itália e Estados Unidos. O encontro, segundo Deutsche Welle, será supervisionado pela ONU, com a presença do secretário-geral da entidade, António Guterres.

Sair da versão mobile