Petrobras (PETR4): produção tem alta de 1% no 4T21, mas cai no acumulado do ano

A Petrobras (PETR4) divulgou nesta quarta (9) seu relatório de produção e vendas do quarto trimestre de 2021. A estatal registrou aumento de 1% na produção de óleo e gás — mas houve recuo no acumulado do ano. A companhia diz que atingiu todas as metas de 2021.

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Um dos destaques do relatório foi o recorde na produção própria do pré-sal, com média anual de 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), representando 70% da produção total da Petrobras.

“Nossa produção no pré-sal vem crescendo rapidamente e o recorde registrado representa mais do que o dobro do volume que produzíamos nesta camada há 5 anos”, diz relatório da estatal.

Além disso, a petroleira destaca outro recorde anual, dessa vez de aproveitamento de gás, com a marca de 97,2% do gás produzido. “Esse recorde contribui de forma significativa para a redução das emissões e maior eficiência em carbono”.

Segundo o documento, a produção da Petrobras foi a seguinte, em 2021:

Produção da Petrobras (PETR4) em 2021. Fonte: Relatório de Produção e Vendas.

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Petrobras no 4T21

No quarto trimestre de 2021, a produção média de óleo, LGN e gás natural da Petrobras alcançou 2,70 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed/d), resultado 4,5% abaixo do trimestre anterior.

Na comparação anual o avanço é de 1% e no acumulado de 2021, houve recuo de 2% frente 2020.

A produção de petróleo no Brasil foi de 2,15 milhões de bpd no 4TRI, o que representa alta anual de 0,7%. A de gás no país subiu 2,2%, para 513 mil boed.

De acordo com a Petrobras, a redução da produção entre outubro e dezembro se deve, principalmente, às paradas programadas em plataformas com alta produção e do início da vigência do Acordo de Coparticipação de Búzios, fatores parcialmente compensados pelo ramp-up do FPSO Carioca.

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A mesma justificativa cabe à variação da produção da Petrobras nos campos do pré-sal, segundo o relatório, que alcançou 1,60 MMboed (milhões de barris equivalentes por dia) entre outubro e novembro, valor 4,3% menor do que o observado entre julho e setembro. A produção total no pré-sal foi de 1,93 MMboed no 4T21, representando 71% da produção total da empresa.

Outras produções no quarto trimestre da Petrobras foram:

  • pós-sal: 458 Mbpd, 8,6% inferior ao 3T21, “devido às maiores perdas com paradas de manutenção e ao declínio natural dos reservatórios”.
  • terra e águas rasas: 92 Mbpd, 3 Mbpd inferior ao 33T21, “devido aos desinvestimentos de campos terrestres e ao declínio natural de produção”.
  • exterior: 41 Mboed, referente aos campos da Bolívia, Argentina e Estados Unidos, em linha com o 3T21.

“Nossa capacidade de processamento de óleo do pré-sal tem se elevado continuamente e houve forte avanço no 4T21 em linha com estratégia da companhia de alavancar o processamento de petróleos do pré-sal, que têm baixo teor de enxofre, trazendo vantagens competitivas e oportunidades de aumento da margem de refino”, indica o relatório da Petrobras.

“Nossa produção no pré-sal vem crescendo rapidamente e o recorde registrado representa mais do que o dobro do volume que produzíamos nesta camada há cinco anos”, disse o diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen.

No dia 23 de agosto do ano passado, teve início a produção do FPSO Carioca, primeira plataforma no Campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos. No ano, foram interligados três novos poços produtores e, atualmente, a produção operada é superior a 130 mil barris de petróleo por dia.

A companhia registrou no dia 18 de julho de 2021 a alavancagem da P-70, no Campo de Atapu, em menos de 13 meses. Com isso, a plataforma atingiu, com quatro poços produtores, a produção operada de 161 mil barris de petróleo por dia, superando a capacidade nominal do projeto.

Foi batido também o recorde anual de aproveitamento de gás, com a marca de 97,2% do gás produzido. Segundo a Petrobras, esse recorde contribui de forma significativa para a redução das emissões e maior eficiência em carbono.

Avanço de 19,1% da venda de gasolina em 2021

A Petrobras informou ainda que as vendas de derivados de petróleo continuam a crescer, apesar da pandemia e da crise econômica. O comércio de combustíveis avançou com a recuperação da participação no mercado interno – alta de 19,1% da gasolina e de 1,4% do diesel, no ano, comparados a 2020. Já a produção de derivados nas refinarias ficou em 1,8 milhão de bpd/d, acréscimo de 1,8% em 2021, em relação ao ano anterior.

No quarto trimestre, a produção de derivados foi de 1,9 milhão de bpd, alta de 0,6% ante igual período anterior. Já as vendas ficaram em 1,84 milhão de bpd, avanço de 8,5% em comparação ao quarto trimestre de 2020. O destaque foram as vendas de gasolina, de 463 mil bpd, alta de 20,1% ante o trimestre anterior e de 19,1% frente a 2020.

“O crescimento segue a sazonalidade típica do último trimestre. Houve ainda ganho de participação da gasolina sobre o etanol no consumo dos veículos flex, devido, principalmente, à relação de preços nas bombas que favoreceu a opção do consumidor pela gasolina em todos os Estados”, informou a empresa em seu relatório.

Já as vendas de óleo diesel, de 790 mil bpd, subiram 4,7% enquanto a produção, de 731 mil bpd, caiu 2,6%, ambos na comparação do quarto trimestre em relação a igual período de 2020. Boa parte da demanda interna do derivado foi coberta com importação, que cresceu 555,6% na comparação de 2021 com 2020 e 186,5% no quarto trimestre do ano passado em relação a igual período do ano anterior.

Petrobras: geração de energia elétrica atinge 3.419 MWmed em 2021; alta de 94,7%

A crise hídrica e a retomada das atividades econômicas após o auge da pandemia do covid-19 fizeram a Petrobras aumentar em 94,7% a venda de energia elétrica em 2021, para 3.419 megawatts-médios (MWmed), informou a companhia em seu Relatório de Produção divulgado nesta quarta-feira, 9.

O volume de vendas de gás natural aumentou 25% em 2021, na comparação com o ano anterior. Esse aumento pode ser explicado tanto pelo maior despacho termelétrico, quanto pela recuperação do consumo por parte do segmento industrial, impactado pelos efeitos da pandemia em 2020.

Pelo lado da oferta, o volume de Gás Natural Liquefeito (GNL) regaseificado alcançou 23 milhões de metros cúbicos por dia (m3/dia) em 2021, aumento de 187,5% em relação a 2020, contribuindo para uma oferta total de gás natural ao mercado de aproximadamente 85 milhões de m3/dia.

“Esse maior volume de GNL entregue ao mercado foi viabilizado com a ampliação da capacidade de regaseificação do terminal da Baía de Guanabara (RJ), que passou de 20 milhões de m3/dia para até 30 milhões de m3/dia”, explicou a Petrobras.

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(Com informações do Estadão Conteúdo)

Monique Lima

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