Petrobras (PETR4) é rebaixada por analistas após resultado das eleições

As ações da Petrobras (PETR4) são alvo de uma revisão de cenário em massa desde a noite de domingo (30), quando Lula (PT) ganhou a disputa eleitoral.

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Apesar da recomendação de compra para as ações da Petrobras, a XP cortou o preço-alvo para os papéis, de R$ 47,30 para R$ 35,50. Para a casa, a percepção de risco político aumentou, apesar da Lei das Estatais ainda blindar a empresa.

Ainda assim, entendem PETR4 como um papel relativamente descontado e não estimam grandes mudanças na política financeira da empresa.

“Vemos os patamares de preços das ações da Petrobras reduzidos, especialmente considerando o rendimento dos dividendos (30% em 2023 e 65% entre 2024 e 2027)”, comentam.

A tese também leva em consideração o fato de que a Petrobras está aumentando sua produção de petróleo, podendo acrescê-la em 30% até o ano de 2027.

Esse movimento vai na direção contrária de outras grandes petrolíferas mundiais. Além disso, seguem com um programa de desinvestimentos e paga bons dividendos.

O risco, segundo a XP, é de que a estatal passe a integrar um programa de subsídio aos combustíveis.

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JPMorgan e BTG também rebaixam Petrobras

Da mesma forma, o JPMorgan cortou o preço-alvo para as ações da Petrobras e as ADRs. A casa rebaixou a recomendação de compra para neutro.

As ações tiveram corte de R$ 53 para R$ 37, ao passo que as ADRs saíram de US$ 20 para US$ 14. Analistas citaram “possíveis novas mudanças com o novo presidente eleito”.

O BTG Pactual (BPAC11), por sua vez, manteve recomendação neutra e alegou “cautela para tomar uma direção mais séria”.

“No início da década passada, os investimentos no downstream representam 40% do total (contra 11% atualmente). Naquela época, os retornos da Petrobras foram bastante baixos, arrastando o retorno consolidado da companhia para o terreno negativo”, dizem os analistas.

A expectativa é de que com Lula a Petrobras tenha um Capex maior ante um menor pagamento de dividendos, já que é mais fácil alterar a política de proventos (não necessita do Congresso, por exemplo).

O preço-alvo para as ADRs da Petrobras agora é de US$ 13,50, levemente acima da cotação atual.

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Eduardo Vargas

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