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Paulo Guedes: BC pode emitir moeda em caso de depressão econômica

Paulo Guedes: BC pode emitir moeda em caso de depressão econômica

Paulo Guedes: BC pode emitir moeda em caso de depressão econômica

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, nesta terça-feira (30), que o Brasil está “tecnicamente pronto a autorizar a emissão de moeda”, mas ainda não é necessário. A medida seria utilizada em caso de uma depressão econômica.

O Banco Central (BC) seria autorizado a emitir moeda somente no contexto em que a atividade econômica cai e fica estagnada, numa curva em “L”, próxima à “armadilha da liquidez” descrita pelo economista Keynes, segundo Paulo Guedes.

A depressão econômica está ligada a um aprofundamento da recessão, levando em consideração aspectos mais amplos, como produção industrial, níveis de emprego e rendimento real — não somente a queda do Produto Interno Bruto (PIB) por dois ou mais trimestres seguidos.

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Nesse cenário, a taxa básica de juros da economia (Selic) iria a zero, e deixaria de existir diferença, em termos de rentabilidade, títulos e moeda. “Estamos longe disso”, disse o chefe da pasta econômica.


“Se caíssemos nessa situação, poderíamos permitir ao BC fazer o que o Federal Reserve (Fed) faz nos Estados Unidos”, disse. O Banco Central norte-americano têm comprado dívida de estudantes e títulos corporativos privados, por exemplo. O “limite” para Guedes seria a compra desses títulos juntamente com a emissão de moeda.

Além disso, Guedes ressaltou que o Congresso poderia aprovar a reforma que torna o BC independente e preparado para realizar essas operações.

O ministro, no encontro desta terça, que tinha por objetivo acompanhar as ações do governo no combate à pandemia, também mostrou-se mais contido em estimar o desempenho da economia brasileira deste ano, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Veja também: PIB: Paulo Guedes diz que qualquer previsão agora é ‘chute’

“Eu não diria que a economia cai 9%, 10%. Mas também não digo que vamos sair crescendo rápido, mas temos a chance de recuperação mais rápida do que estão prevendo”, disse Paulo Guedes. No primeiro trimestre deste ano, o PIB brasileiro caiu 1,5%.

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