O ano de 2026 se aproxima com desafios e oportunidades para os investidores brasileiros. Entre projeções econômicas e um ano eleitoral, saber onde investir exige atenção às expectativas do mercado financeiro e aos indicadores macroeconômicos que devem moldar o próximo ano.
Com as eleições presidenciais marcadas para 2026, o mercado já sinaliza que o próximo ano trará uma série de oscilações.
Nesse contexto, o Boletim Focus do Banco Central pode ser uma ferramenta estratégica para os investidores: publicado semanalmente, o relatório reúne as estimativas de economistas e instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia brasileira, sendo atualizado toda segunda-feira.
IPCA deve permanecer abaixo do limite superior
De acordo com a edição do Boletim Focus publicada em 9 de dezembro, as projeções para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2025 sofreram pequeno ajuste, caindo de 4,43% para 4,40%.
O ano de 2026 também teve sua estimativa revisada para baixo, indo de 4,17% para 4,16%. Essa previsão mantém a inflação dentro do limite superior estabelecido pelo Banco Central, fixado em 3% com margem de tolerância até 4,5%.
Para os anos subsequentes, as expectativas permanecem estáveis: 3,80% em 2027 e 3,50% em 2028.
Crescimento econômico projetado em 1,80% para 2026
As projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2025 foram revisadas para cima, passando de 2,16% para 2,25%. Para 2026, o crescimento econômico esperado também subiu, atingindo 1,80% contra os 1,78% anteriores.
Para 2027 e 2028, as estimativas do mercado apontam expansão de 1,84% e 2%, respectivamente.
Vale lembrar que o IBGE registrou no final de novembro um crescimento de apenas 0,1% no PIB do terceiro trimestre ante o período anterior, reforçando o cenário de desaceleração.
Selic projetada para 12,25% ao fim de 2026
Em relação à Selic, a projeção para o encerramento de 2025 permaneceu em 15%. Já para 2026, houve elevação na estimativa, que subiu de 12% para 12,25%, conforme o boletim divulgado em 9 de dezembro.
No dia 11 de dezembro, o Banco Central decidiu manter a Selic em 15% ao ano. Como principal ferramenta de controle monetário, a taxa básica de juros afeta diretamente tanto o preço do crédito quanto os rendimentos das aplicações de renda fixa.
Dólar deve se manter em torno de R$ 5,50
No que diz respeito à moeda norte-americana, o Boletim Focus manteve a previsão de R$ 5,40 para este ano.
Para os três anos seguintes, 2026, 2027 e 2028, a projeção continua em R$ 5,50. A permanência dessas estimativas sugere que os analistas preveem certa estabilidade no câmbio, apesar das oscilações recentes.
O comportamento do dólar é fundamental para quem investe em ativos internacionais e para companhias que dependem de operações comerciais com o exterior.
Eleições presidenciais trazem incerteza aos mercados
O calendário eleitoral de 2026 promete trazer turbulência para a bolsa brasileira. Eleições presidenciais costumam ampliar a imprevisibilidade no ambiente de investimentos, e este ano não deve ser diferente.
Na primeira semana de dezembro, o Ibovespa registrou queda abrupta de 4,31% em apenas um pregão, a maior baixa desde fevereiro de 2021. O dólar disparou mais de 2%, encerrando o dia cotado a R$ 5,4328, no patamar mais elevado em quase dois meses.
A pressão veio após indicações de que Flávio Bolsonaro poderia concorrer à Presidência em 2026. A possibilidade de que o filho substituísse Jair Bolsonaro na disputa frustrou as expectativas de uma candidatura conjunta Tarcísio-Michelle, vista como mais forte e capaz de unificar o campo da direita.
Onde investir em 2026?
Considerando este panorama econômico complexo, com inflação controlada porém próxima ao teto, juros em patamar elevado, crescimento modesto e eleições à vista, escolher bem seus investimentos é essencial para preservar e expandir patrimônio.
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