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Após prejuízo bilionário, Oncoclínicas (ONCO3) dispara 18%: por que ações estão subindo?

Oncoclínicas

Oncoclínicas (ONCO3). Foto: Pixabay

As ações da Oncoclínicas (ONCO3) estão disparando na tarde desta segunda-feira (17), embora a companhia tenha reportado um prejuízo contábil de R$ 1,88 bilhão no terceiro trimestre. Por volta das 16h40, os papéis da empresa sobem 14,94%, a R$ 2,00, após avançarem mais de 18% no início da tarde.

O resultado da companhia entre julho e setembro foi pressionado por provisões e baixas contábeis que somaram mais de R$ 1,5 bilhão, além de queda na receita e avanço das despesas financeiras. Já a receita líquida da Oncoclínicas caiu 13,6%, para R$ 1,41 bilhão.

Mesmo assim, o mercado reagiu ao anúncio de um aumento de capital de aproximadamente R$ 1,4 bilhão. A operação deve reduzir a alavancagem e aliviar a estrutura de capital. Para os analistas, o conjunto de medidas reforça a percepção de que a companhia pode ter atravessado a etapa mais crítica do processo de reestruturação.

Aumento de capital da Oncoclínicas (ONCO3)

O aumento de capital foi o principal gatilho para o desempenho das ações da Oncoclínicas nesta sessão. Mais de 90% do valor veio de conversão de debêntures, reduzindo a dívida líquida pró-forma para R$ 2,888 bilhões e derrubando a alavancagem para 3 vezes Ebitda.

Embora o trimestre tenha sido pressionado por itens extraordinários, o BTG Pactual destaca que o resultado foi “substancialmente distorcido por vários ajustes não recorrentes e sem efeito caixa”. Esses ajustes incluem provisões relacionadas à Unimed Ferj, revisões de contratos e baixas ligadas a projetos encerrados.

O banco também mencionou medidas estratégicas adotadas pela empresa. Uma delas foi “a sanitização do portfólio comercial, com interrupção de serviços para pagadores problemáticos”, etapa que reduziu a exposição a convênios considerados financeiramente frágeis. O processo veio acompanhado da venda de hospitais que não faziam parte do foco principal da companhia.

Apesar do cenário adverso, o BTG avaliou que houve sinais de melhora operacional. No relatório, o banco afirmou que o fluxo de caixa livre após capex foi um dos pontos positivos do trimestre, e refletiu maior disciplina no capital de giro. O desempenho ajudou a compensar parte dos efeitos negativos das provisões.

O documento também observou que as iniciativas recentes sinalizam cada vez mais a confiança da gestão no ciclo de melhora. Esse conjunto de medidas, aliado ao aumento de capital, contribuiu para a reação mais positiva do mercado em relação aos papéis da Oncoclínicas (ONCO3) nesta segunda-feira.

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