Oi (OIBR3): Entenda por que a InfraCo vai custar R$ 7,6 bi ao BTG (BPAC11)

O acordo firmado para o BTG Pactual (BPAC11) se tornar sócio da Oi (OIBR3)[Baixe o relatório] – em sua unidade de fibra ótica, teve o valor fechado em R$ 12,9 bilhões, incluindo aportes de recursos, para a obtenção de 57,9% da InfraCo. Porém, o negócio vai custar para o banco R$ 7,65 bilhões.

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Essa matemática é explicada por um contexto histórico. Em 2014, a Oi vendeu a Globenet, companhia de cabos submarinos, para o BTG. Desde então, a Oi se tornou cliente da Globenet, e se comprometeu a alugar a capacidade da empresa até 2028, criando um débito.

Agora, sete anos mais tarde, a oferta do banco pela InfraCo engloba as dívidas da Oi com a Globenet.

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Com a Globenet inserida no contexto da transação da InfraCo, o BTG abate R$ 3,75 bilhões, valor que alivia as parcelas da dívida da Oi até o fim de 2024. Além disso, a companhia de submarinos irá fazer um aporte de R$ 1,5 bilhão na unidade de fibra ótica.

Fonte: Fato Relevante da Oi
Fonte: Fato Relevante da Oi

A proposta inclui o BTG Pactual Economia Real Fundo de Investimentos e a Globenet.

A InfraCo conta com 400 mil quilômetros de fibra ótica e foi avaliada em R$ 20 bilhões, considerando uma dívida líquida de R$ 4,1 bilhões, que deverá ser paga em até 90 dias após o fechamento do negócio.

A conclusão está prevista para acontecer no final do quarto trimestre deste ano até o primeiro trimestre de 2022.

Acordo entre Oi e BTG

Na segunda-feira (12), a Oi confirmou ao mercado que aceitou a proposta vinculante dos fundos geridos pelo BTG para a venda do controle da InfraCo.

O acordo contempla a compra de uma fatia do controle da rede, mais aportes de capital, em parcelas primária, secundária e adicional. A execução do projeto requer investimentos de aproximadamente R$ 25 bilhões até 2030, e pode fazer com que a rede neutra da Oi seja uma das maiores do mundo.

Os contratos assinados no último fim de semana determinam que fundos de private equity geridos pelo BTG terão prioridade no leilão da rede.

Vale ressaltar, contudo, que tanto o leilão como a forma da venda dependem de aprovação de juiz dentro do processo de recuperação judicial. Caso não apareça ninguém para disputar a rede no leilão, os fundos geridos pelo BTG têm a obrigação de arcar com a compra.

Após a conclusão do negócio, a Oi permanecerá como minoritária da InfraCo, ao mesmo tempo que será sua principal cliente, vendendo seus produtos por meio da rede. A InfraCo também venderá sua capacidade para outras operadoras.

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Poliana Santos

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